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Mais de 40 multinacionais de moda comprometem-se a atingir zero emissões até 2050

Um total de 43 multinacionais da indústria da moda, que incluem a Inditex, H&M, Kering Group, Gap e Stella McCartney, assinaram um compromisso para desenvolver medidas para conter as alterações climáticas em toda a cadeia de valor e alcançar a meta de emissão zero, em 2050, com um passo intermédio de 30% em 2030.

O compromisso “’Fashion Industry Charter for Climate Action” foi lançado no âmbito da XXIV Conferência do Clima, realizada em Katowice, na Polónia, com as principais marcas de moda, retalhistas, serviços públicos e indústria auxiliar, incluindo as principais empresas de transporte, a acordarem coletivamente comprometer-se na redução do impacto das mudanças climáticas no sector de moda em toda a sua cadeia de valor.

Entre os 43 líderes estão incluídas empresas como Adidas, Burberry, Esprit, Guess, Gap Inc., Hugo Boss, H&M Group, Inditex, Kering Group, Levi Strauss & Co., Puma, PVH Corp., Target, assim como as organizações Business for Social Responsibility, Sustainable Apparel Coalition,  China National Textile and Apparel Council, Outdoor Industry Association and Textile Exchange, e a empresa de logística global Maersk, bem como a organização não governamental WWF International.

Todas essas entidades implementarão ou apoiarão 16 princípios e objetivos que sustentam o Estatuto Climático da Moda. O compromisso, que agora está aberto para outras empresas e organizações, reconhece o papel crucial que o sector desempenha, como um contribuinte para as emissões de gases com efeito de estufa e como um sector com múltiplas oportunidades para reduzir as emissões, ao mesmo tempo que pode contribuir para o desenvolvimento sustentável.

Alinhado com os objetivos do Acordo de Paris, o estatuto estabelece o desafio para a indústria atingir uma meta de emissões zero, em 2050, e define os aspetos que serão consignados pelos signatários, começando pela descarbonização na fase de produção, selecionando materiais sustentáveis e amigos do ambiente, incentivando o transporte de baixas emissões, melhorando o diálogo e a consciencialização dos consumidores e trabalhando com a comunidade financeira e os decisores políticos para catalisar as soluções aplicáveis e explorar modelos de negócios de economia circular.

Além disso, para finalizar o progresso desses compromissos, foram estabelecidos seis grupos de trabalho nos quais os signatários trabalharão para definir os diferentes passos e estágios de implementação do novo estatuto.

Os signatários asseguram que não esperam que estes elementos estejam totalmente desenvolvidos e, portanto, estabeleceram um alvo inicial para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa agregadas em 30%, até 2030. Também definiram medidas concretas, tais como eliminar gradualmente as caldeiras de carvão e outras fontes de energia térmica ou de geração de eletricidade baseada em carvão nas suas empresas e em toda a cadeia de fornecimento em 2025.

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