in

Lucros da Sonae aumentam 32,6% até setembro

Mas caem 4,2% no terceiro trimestre

Nos primeiros nove meses do ano, os lucros da Sonae atingiram os 210 milhões de euros, mais 32,6% que no período homólogo de 2021. No entanto, considerando apenas os números do terceiro trimestre, os resultados líquidos caíram 4,2%, para os 92 milhões de euros, indicam os resultados da empresa divulgados esta quarta-feira, dia 9 de novembro.

Os custos de energia e transporte, preços de abastecimento e movimentos de migração para produtos de gama e preço inferiores afetaram a rentabilidade do grupo, segundo avança Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, que destaca a resiliência e a posição financeira “muito sólida”.

Entre janeiro e setembro, as vendas da Sonae situaram-se nos 5,5 mil milhões de euros, 10,4% acima do ano anterior. O salto é superior se se considerar apenas o terceiro trimestre, cerca de 15%, para os dois mil milhões de euros. A vertente internacional da Sonae continuou a ser reforçada também através do aumento das vendas internacionais agregadas, que cresceram mais de 40% nos últimos nove meses, com destaque para o contributo das insígnias de desporto da ISRG.

Sublinhando o ambiente geopolítico e macroeconómico “complexo e volátil” e os níveis crescentes de inflação e de taxas de juro, juntamente com os custos de energia “consistentemente elevados”, Cláudia Azevedo salienta que os negócios do grupo “conseguiram, mais uma vez, aumentar os seus níveis de investimento, reforçar as suas propostas de valor e apoiar as famílias a enfrentar estes desafios, nomeadamente mantendo preços competitivos e respondendo às novas necessidades dos consumidores”. Todos os negócios aumentaram a sua quota de mercado, no terceiro trimestre, “com os clientes a reconhecerem o esforço para combater a inflação e apoiar as famílias”.

 

Retalho alimentar

No terceiro trimestre, as vendas da MC atingiram os 1,6 mil milhões de euros, um crescimento de 16% em termos homólogos. Este desempenho positivo foi transversal aos formatos alimentares e não alimentares. O volume de negócios dos primeiros nove meses de 2022 atingiu os 4,3 mil milhões de euros, mais 10,6% que no ano anterior.

Os custos de energia continuaram a aumentar significativamente, ficando, entre janeiro e setembro, cerca de 40 milhões de euros acima dos níveis de 2021. Este foi, segundo a Sonae, o principal fator explicativo da queda da margem em ambos os períodos. O EBITDA subjacente situou-se em 158 milhões de euros no terceiro trimestre (mais 5% em termos homólogos), com uma margem de 9,9% (menos 100 pontos base face ao terceiro trimestre de 2021), conduzindo a um valor de 400 milhões de euros nos nove meses (mais4%, em termos homólogos) e uma margem de 9,3% (menos 59 pontos base face a 2021).

Relativamente ao investimento (capex), a MC investiu 61 milhões de euros terceiro trimestre, apostando no desenvolvimento da sua infraestrutura digital e logística e na expansão e remodelação do seu parque de lojas. No trimestre, abriu 16 novas lojas próprias, representando mais seis mil metros quadrados de área de venda.

 

Retalho de eletrónica

No retalho de eletrónica, no terceiro trimestre, o volume de negócios da Worten atingiu 315 milhões de euros, mais 10,6% em termos homólogos, sustentado pelo “contributo positivo de categorias de venda sazonais devido às temperaturas elevadas no verão”. Em termos acumulados, o volume de negócios aumentou 4,2% em termos homólogos, para 836 milhões de euros.

Relativamente ao desempenho operacional, “o investimento em curso na transformação digital e a pressão na estrutura de custos, sobretudo nos custos de energia, mitigaram parcialmente a evolução positiva das vendas”. O EBITDA subjacente no terceiro trimestre situou-se em 21 milhões de euros, mais 3,1% em termos homólogos, com uma margem de 6,5%. Entre janeiro e setembro, o EBITDA subjacente ficou abaixo do valor do ano passado, sobretudo devido ao desempenho excecionalmente elevado no primeiro trimestre, devido ao período de confinamento obrigatório em Portugal.

 

Retalho de moda

No terceiro trimestre, o volume de negócios total da Zeitreel cresceu 8% em termos homólogos, para 102 milhões de euros, com um contributo positivo de todas as operações de retalho, atingindo um crescimento de 20% nos primeiros nove meses de 2022, para 276 milhões de euros. Estes valores estão em linha com os níveis de 2019, tanto em termos trimestrais, como acumulados.

As vendas online continuaram também a registar uma evolução positiva, quando comparadas com os níveis pré-pandemia, tendo atingido 14% do volume de negócios omnicanal entre janeiro e setembro.

Em termos de desempenho operacional, a Zeitreel conseguiu compensar o aumento em algumas das linhas de custo (como energia e logística), registando uma melhoria do EBITDA subjacente de dois milhões de euros no terceiro trimestre e de oito milhões de euros, de janeiro a setembro, atingindo 17,3 milhões de euros no final dos primeiros nove meses de 2022.

 

Retalho de desporto

No retalho de desporto, de maio a julho, as vendas totais da ISRG registaram um crescimento de dois dígitos, 41,5% em termos homólogos, para 321 milhões de euros. As vendas totais atingiram 938 milhões de euros nos U9M 22, mais 58,9% em termos homólogos. O canal online continua a ser uma importante avenida de crescimento, representando quase 19% do volume de negócios neste período, sobretudo devido à aquisição da Deporvillage, em 2021.

Em termos de rentabilidade, o EBITDA aumentou 8,5 milhões de euros em termos homólogos no trimestre e 26,3 milhões de euros nos U9M 22, para 94 milhões de euros.

Chicco

Chicco reabre loja no Fórum Coimbra com novo layout

Nenuco

Nenuco celebra o 45.º aniversário como líder de vendas na sua categoria