Após as dificuldades experimentadas no primeiro semestre de 2020, como consequência da pandemia de Covid-19, a L’Oréal voltou a crescer na segunda metade do ano.
“Graças ao compromisso dos seus colaboradores, a L’Oréal atravessou esta crise nas melhores condições possíveis e, inclusivamente, fortaleceu-se. O grupo voltou a crescer no segundo semestre, com um quarto trimestre em aceleração de 4,8%, e ganhou importantes quotas de mercado”, analisa Jean-Paul Agon, CEO da empresa.
A divisão de luxo faturou 3.222,1 milhões de euros, entre outubro e dezembro, 4,4% mais numa base comparável. Os produtos profissionais cresceram 6,5%, para os 893,8 milhões de euros, enquanto que o negócio de cosméticos ativos aumentou 30,7%, para os 771,5 milhões de euros. Já a unidade de produtos de consumo manteve-se, praticamente, ao nível do quarto trimestre de 2019 (-0,4%), para os 2.991,3 milhões de euros.
Crescimento do e-commerce
No conjunto do ano, as vendas líquidas da multinacional francesa atingiram os 27,992.1 milhões de euros, menos 4,1%. Na Europa Ocidental e na América do Norte, o desempenho foi afetado pela evolução da pandemia e pelas medidas para a sua contenção, não obstante a L’Oréal ter ganho quota em muitos mercados. “O desempenho da China foi espetacular e o seu contributo para os resultados do grupo foi importante”, destaca o gestor.
Graças à aposta feita no digital, o e-commerce voltou a crescer consideravelmente e a multinacional conseguiu manter uma relação próxima com os seus consumidores e compensar o encerramento das lojas físicas. O negócio online disparou 62%, alcançando um recorde de 26,6% das vendas totais do grupo durante o ano.
2021
Jean-Paul Agon relembra que 2021 continuará a ser marcado pela incerteza sobre a evolução da pandemia, mas que o “apetite” dos consumidores por produtos de beleza mantém-se “intacto” em todo o mundo. “Confiamos na nossa capacidade para voltar a superar o mercado, este ano, e, consoante a evolução da crise sanitária, conseguir um ano de crescimento em vendas e lucros”.
