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Leasing, factoring e renting impulsionam tesouraria do tecido empresarial português, economia verde e novas formas de mobilidade 

Os produtos de leasing, factoring e renting têm vindo a posicionar-se enquanto motores de crescimento económico. Os três produtos têm vindo a apresentar um desempenho assinalável ao longo dos últimos anos, segundo aponta o estudo “Financiamento Especializado e a Economia Portuguesa”, desenvolvido pela Deloitte em parceria com a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

O leasing automóvel registou um crescimento anual de 26%, desde 2013 até 2019, maioritariamente impulsionado pelo segmento de empresas. O renting observou um crescimento médio anual de 12% e o factoring apresentou o maior nível de produção da década, sendo de destacar o contributo da vertente internacional, sobretudo factoring de exportação que, entre 2010 e 2019, aumentou aproximadamente três vezes.

A análise levada a cabo pela Deloitte ressalva ainda a importância dos produtos de financiamento especializado na economia em 2019. No ano transato, a produção de leasing representou 20,3% do número total de novas matrículas vendidas em Portugal e 8% do investimento em Portugal, com os veículos adquiridos em renting a representarem 14% das novas matrículas e os créditos tomados em factoring a apresentarem um peso de, aproximadamente, 16% do PIB nacional.

 

Futuro da mobilidade

O estudo aborda a evolução histórica dos produtos, o que representam para a economia e quais as tendências futuras e contempla ainda a perspetiva dos associados da ALF, que representam quase 100% dos sectores em análise. Segundo os associados, existem duas tendências a sublinhar: uma elevada propensão para o desenvolvimento da componente digital e uma evolução da oferta no sentido de reforçar a capacidade das instituições em responder de forma efetiva e personalizada às necessidades e exigências dos clientes.

O estudo refere ainda que os setores de leasing, factoring e renting assumem um papel fundamental para o futuro da sociedade, nomeadamente, na contribuição para a gestão da tesouraria das empresas portuguesas, para o futuro da mobilidade, para a sustentabilidade ambiental e inovação e como impulsionador para a transição para uma economia verde e circular.

Em Portugal, a procura por soluções de mobilidade partilhada tem vindo a aumentar. Considere-se, como exemplo, o conceito de Mobility as a Service implementado em Cascais, podendo o financiamento especializado desempenhar um contributo na realização dos respetivos investimentos.

 

Pegada ambiental

Paralelamente, estes produtos revelam ter um impacto relevante na redução da pegada ambiental associada aos transportes rodoviários, facilitando a transição para frotas ecologicamente mais eficientes, movidas por energias não combustíveis e com menor desgaste.

O compromisso de alcançar a neutralidade carbónica em 2050, bem como o objetivo de desenvolvimento de uma economia circular em Portugal carecem também de um conjunto de investimentos relevantes. “Os últimos anos têm sido marcados pela afirmação de algumas tendências de transformação da economia e da sociedade. Prevemos que o financiamento especializado desempenhe um papel crucial como agente desse mesmo processo de transformação, nomeadamente, na progressiva transição para a eletrificação de frotas, na adoção de fontes energéticas mais sustentáveis para o processo produtivo da economia, na disseminação de novas soluções de mobilidade, na transferência gradual para uma economia circular e verde e no progresso para a Indústria 4.0”, explica Bernardo Ferrão, associate partner da Deloitte.

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