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Investimento em imobiliário de rendimento cresceu 44% em 2024

Com um volume total de transações superior a 2,3 mil milhões de euros

O investimento em imobiliário comercial de rendimento, em 2024, cresceu cerca de 44% face a 2023, totalizando mais de 2,3 mil milhões de euros, de acordo com o balanço divulgado pela CBRE.

A consultora fechou o ano com uma quota de participação de 50% no volume transacionado com intervenção de consultoras (excluindo-se vendas diretas comprador/vendedor).

O investimento distribuiu-se sobretudo pelas regiões de Lisboa, que captou 50% do montante, Porto com 4% e Algarve que, devido ao enorme dinamismo do sector de hotéis, captou 8% do total do valor investido. Em hotelaria, a consultora adianta ainda que 42% do capital investido é de origem estrangeira.

 

Retalho é o sector “estrela”

A distribuição por sectores posiciona o retalho como sector “estrela”, nomeadamente com 50% do volume de investimento, e a hotelaria com 23%, seguidos do sector de escritórios com 14%, residências de estudantes que representaram 8% e os sectores de industrial e logística na cauda da tabela, com 4%.

No sector de industrial e logística, o baixo volume de investimento captado prende-se sobretudo com a falta de oferta para satisfazer a procura latente.

As “yields” têm se mantido geralmente estáveis, no entanto, alguns sectores, como High Street Retail, Centros Comerciais e Residências de Estudantes, já apresentam sinais de compressão. Com a esperada redução do custo do capital próprio e do financiamento, prevê-se que as “yields” acompanhem essa mesma tendência de descida. No entanto, esta tendência é ainda afetada pelas dificuldades que atravessam países como a Alemanha, França e Reino Unido.

Durante o ano de 2024, a consultora registou um total de 83 transações, 17% abaixo do ano anterior. Entre o top3 das maiores transações do ano, a CBRE esteve envolvida na assessoria de duas delas, destacando-se a venda do Conrad Hotel Algarve pela ECS à Quinta do Lago, naquela que foi a maior transação de sempre de um “single-asset” hoteleiro em Portugal.

 

2025 vai manter a trajetória de recuperação

A consultora adianta ainda que, tendo em conta as transações que se encontram em fase de “due diligence” e o pipeline esperado para o resto do ano, 2025 poderá manter-se em linha com o volume de investimento de 2024 ou até apresentar algum crescimento, ainda que ligeiro.

2024 foi de facto um ano de recuperação e retoma da confiança face ao ano anterior. Com o recuar da inflação e consequente descida das taxas de juro, voltou a registar-se um dinamismo interessante nas transações o que, aliando aos fundamentos que o nosso país apresenta, imprimiu novamente ritmo no mercado e fez com que os investidores voltassem a considerar de forma séria as oportunidades que Portugal tem para oferecer no mercado imobiliário. Mais uma vez, com a venda de centros comerciais e hotéis de renome, estes sectores destacaram-se nas suas performances, mas prevemos que a procura por produtos alternativos, como as residências de estudantes, saúde e ‘senior living’, continue a aumentar”, comenta Francisco Horta e Costa, managing director na CBRE Portugal

Do lado da ocupação, os escritórios registaram um aumento de 77% no “take-up” (absorção) em Lisboa e 38% no Porto. Estes valores, que são influenciados por um conjunto restrito de grandes negócios, tanto em Lisboa como no Porto, marcam uma recuperação significativa face a 2023. As absorções totais são de mais de 200 mil metros quadrados e quase 70 mil metros quadrados, respetivamente. A renda “prime” manteve-se em Lisboa nos 28 euros por metro quadrado e subiu um euro no Porto, atingindo os 19 euros por metro quadrado.

O sector de logística registou uma absorção de quase 400 mil metros quadrados em 2024, 27% superior à registada no ano de 2023. As rendas “prime” aumentaram novamente em diversas zonas do país e a CBRE prevê que esta tendência continue com a entrada de novos projetos de alta qualidade no mercado. Novo stock é introduzido no mercado a cada trimestre e a procura é tão elevada que a “vacancy rate” continua a diminuir.

Na CBRE Portugal, mais uma vez, assessoramos processos de enorme complexidade, recorrendo ao ‘expertise’ da nossa equipa nas mais diversas valências como financiamento, M&A e consultoria  estratégica, demonstrando a capacidade de pensar em operações e oportunidades de valor acrescentado para os nossos clientes, fora dos sectores tradicionais. Em 2024, a título de exemplo, assessorámos a TPG / RoundHill Capital no processo de venda de uma residência de estudantes localizada em Lisboam que representou um recorde no valor por cama, chegando este aos 153 mil euros. Assessorámos a abertura da loja Zara no Rossio, que é a segunda maior loja da marca no mundo,  e, a norte, entre muitas outras, apoiámos a operação que colocou o novo escritório da Deloitte no edifício Mutual, propriedade da Osborne+Co. Estes exemplos comprovam que o sector está em constante mutação e que o nosso país continua bem posicionado para atrair investimento estrangeiro”, afirma ainda Francisco Horta e Costa.

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Por Bárbara Sousa

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