As insolvências em agosto registaram um aumento de 116% face ao mesmo mês do ano passado, confirmado a tendência de crescimento que se começou a verificar na segunda metade do primeiro semestre deste ano. Pela primeira vez em 2023, o acumulado supera o total de 2022, com um aumento de 2,3% e um valor absoluto de 2.485 insolvências.
Por tipologia de ação, verifica-se que as insolvências requeridas por terceiros aumentaram 24% face a 2022, enquanto os pedidos de insolvência apresentados pelas próprias empresas cresceram 23% no comparativo com o ano passado. Os encerramentos com plano de insolvência diminuíram 14% em relação a 2022 e o total de processos encerrados também teve uma redução de 8,7%. O balanço de todas as tipologias indica mais 56 ações de insolvência no fecho de agosto deste ano face ao mês homólogo de 2022.
Lisboa e Porto são os distritos que apresentam maior número de insolvências: 566 e 546, respetivamente. Contudo, face a 2022, há diminuição tanto em Lisboa (-14%) como no Porto (-3%). Com decréscimos evidenciam-se, ainda, os distritos de: Ponta Delgada (-40%); Castelo Branco (-30%); Santarém (-22%); Bragança (-8,3%); Portalegre (-7,1%); Guarda (-5,6%) e Setúbal (-0,6%).
Os distritos com aumentos são: Vila Real (+59%); Leiria (+38%); Beja (+36%); Madeira (+30%); Braga (+28%); Faro (+28%); Coimbra (+27%); Horta (+25%); Viana do Castelo (+19%); Aveiro (+16%); Angra do Heroísmo (+13%) e Viseu (+5,4%).
No total de distritos, 55% aumentam as insolvências, 41% apresentam descidas e 4,5% mantém igual valor face a 2022.
Os sectores de atividade com aumentos nas insolvências face a 2022 são: Transportes (+14%); Outros Serviços (+13%); Agricultura, Caça e Pesca (+7%); Construção e Obras Públicas (+4,3%); Comércio a Retalho (+2,9%); Indústria Transformadora (+2,6%) e Hotelaria e Restauração (+2,3%).
Os sectores com decréscimos nos primeiros oito meses de 2023 são: Eletricidade, Gás, Água (-70%); Comércio de Veículos (-22%); Indústria Extrativa (-14%) e Comércio por Grosso (-14%). O sector das Telecomunicações apresenta uma variação nula face a 2022 (três insolvências em ambos os períodos).
Constituições diminuem quase 17% em agosto
As constituições diminuíram de 3.297 em 2022 para 2.745 em agosto de 2023, o que traduz uma diminuição de 17% no comparativo. Contudo, o acumulado é positivo face ao ano passado, com um aumento de 6,5% e um valor absoluto de 34.623 novas empresas constituídas nos primeiros oito meses deste ano.
O número de constituições mais significativo regista-se no distrito de Lisboa, com 11.733 novas empresas (+5%), seguido pelo distrito do Porto com 5.830 empresas (+6,5%).
Com aumentos nas constituição destacam-se também os distritos de: Beja (+23%); Setúbal (+12%); Viseu (+11%); Faro (+10%); Portalegre (+10%); Aveiro (+10%); Santarém (+9,9%); Viana do Castelo (+9,9%), Coimbra (+6,9%); Braga (+6,5%); Leiria (+5,4%); Vila Real (+3,5%); Ponta Delgada (+2,5%) e Évora (+1,8%).
Com variação negativa evidenciam-se os distritos de: Angra do Heroísmo (-22%); Horta (-20%); Bragança (-12%); Guarda (-4,9%) e Madeira (-1,1%). Apenas o distrito de Castelo Branco apresenta variação nula no comparativo (total de 350 novas empresas em ambos os períodos).
Nos primeiros oito meses do ano, os sectores com variação positiva na constituição de novas empresas são: Transportes (+59%); Eletricidade, Gás, Água (+18%); Comércio de Veículos (+15%); Hotelaria e Restauração (+14%); Construção e Obras Públicas (+9,4%) e Comércio por Grosso (+0,6%). Os sectores que apresentam variação negativa são: Indústria Extrativa (-58%); Telecomunicações (-28%); Comércio a Retalho (-6,6%); Indústria Transformadora (-4,5%); Outros Serviços (-1%) e Agricultura, Caça e Pesca (-0,7%).