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“Inovação e evolução das infraestruturas tecnológicas são fundamentais para uma sociedade sustentável”

Foto Shutterstock

O Ministério do Ambiente vê o digital como uma ferramenta muito importante na transição de uma economia linear para uma economia circular.

Foi com esta ideia que Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, abriu o debate da Web Talk dedicada ao tema da sustentabilidade, no âmbito do ciclo de conferências “A Step into the Future”, promovido pelo Jornal Económico e pela Huawei.

Inês Santos Costa fez questão de desmistificar o conceito de economia circular, caracterizando-a como “um modelo que permite reter o valor do que é produtivo durante mais tempo, reduzindo a necessidade de material e a produção de resíduos e que permite criar um modelo de negócios mais sustentável”. A secretária de Estado acrescentou ainda que “devemos olhar para o digital e para as TIC como um veículo de introdução e promoção de informação para a adoção de modelos de negócios mais circulares, dentro das empresas”.

 

Tecnologia como acelerador da sustentabilidade

Diogo Madeira e Silva, Head of Public Affairs & Communication da Huawei Portugal, fez questão de salientar que a tecnologia e a sustentabilidade “estão inevitavelmente compatibilizadas”. Ou seja, “se existe algo que vai permitir acelerar a nossa ambição no desenvolvimento sustentável é a tecnologia”. O responsável da Huawei considera que digitalização e descarbonização “são temas interligados e a tecnologia é um instrumento para atingi-los, ao proporcionar inovações que permitem às empresas serem mais eficientes e eficazes na sua atuação”. O Head of Public Affairs & Communication da Huawei Portugal acrescentou também que “a sustentabilidade é um bom ativo para o negócio”, reforçando a inovação e rápida evolução das infraestruturas tecnológicas como fundamentais na implementação de uma sociedade sustentável e no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Questionado sobre o impacto da tecnologia na construção de uma economia circular, João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, concordou que as tecnologias de informação e comunicação são um dos fatores fundamentais para a construção de melhores modelos de negócios. O responsável da BSCD Portugal afirmou também que “devemos utilizar o manancial tecnológico ao serviço da sociedade, das pessoas e do ambiente” para a persecução de hábitos cada vez mais sustentáveis.

 

Sociedade “carbon free”

O diretor de inovação da Galp, Jorge Fernandes, garantiu que a empresa “está claramente comprometida com a agenda para o desenvolvimento sustentável”, referindo que existem pilares fundamentais que não podem ser ignorados, tais como a diversidade tecnológica e a mobilidade. Jorge Fernandes classificou o tema da transição energética “como complexo”, uma vez que tem de se garantir que “todos os intervenientes possam ter acesso às mesmas ferramentas”. Salientou ainda a importância da transparência para se alcançar consumidores mais informados, adotando comportamento mais responsáveis.

Por sua vez, António Castro, diretor de sustentabilidade e ambiente na EDP, começou por dizer que a elétrica portuguesa “há muito tempo que encara esta grande questão das alterações climáticas”, e reforçou que “tem vindo, desde há décadas, a alterar a sua estratégia de investimentos” devido a esse tópico. “Precisamos de mais casas e redes inteligentes”, referiu, reforçando o papel da tecnologia na sustentabilidade e na criação de uma sociedade “carbon free”.

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