A Inditex, o grupo por detrás da Zara, Bershka e mais marcas, registou uma queda de mais de 25% na faturação, no ano passado. O lucro líquido caiu 70%, mostrando que o crescimento online não foi suficiente para superar o encerramento das lojas físicas.
Durante o último exercício, que para a empresa se estendeu do final de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021, a gigante da moda espanhola obteve um lucro líquido de 1.100 milhões de euros. Uma queda de 70%, devido ao encerramento obrigatório de lojas causado pela pandemia. As vendas totais atingiram os 20.400 milhões de euros.
Vendas online
As vendas online aumentaram 77%, para os 6.600 milhões de euros, o que, de acordo com a Inditex, a torna num “player” líder no campo da moda online.
O e-commerce responde por um terço das vendas totais, algo que acontece, de facto, dois anos antes do previsto. A Inditex esperava que um quarto da sua receita fosse online, até 2022.
A empresa observa que manteve uma margem “robusta” de 55,8% e, além disso, tem uma posição de caixa confortável. O presidente da Inditex, Pablo Isla, destaca que esta “sai mais forte neste ano difícil graças ao enorme empenho das pessoas que compõem a empresa”.
O gestor realça, também, a importância da estratégia de transformação digital lançada em 2012, por meio da plataforma integrada online e de lojas. “A Inditex é, hoje, uma empresa ainda mais sólida do que há dois anos, com um modelo de negócio único e uma plataforma comercial global, flexível, digitalmente integrada e sustentável, o que nos coloca numa excelente posição para o futuro”.