A Inditex, empresa-mãe da Zara, triplicou os seus lucros para 3,24 mil milhões de euros, no ano passado, enquanto as vendas aumentaram em mais de um terço. Contudo, em comparação com o ano pré-pandémico de 2019, os números ficaram muito aquém.
Em comparação com o anterior, 2021 foi um ano forte para o grupo detentor de marcas como Zara, e Pull & Bear. A maior holding de moda do mundo registou vendas de 27,7 mil milhões de euros, 36% acima dos 20,4 mil milhões de euros de 2020. As vendas online aumentaram 14% e representaram um quarto das vendas totais.
No entanto, os números não convencem os analistas: a base de comparação – o ano de 2020 – foi muito fraco, em termos comparativos, devido à pandemia. Os analistas esperavam vendas de 28 mil milhões de euros e lucros de 3,7 mil milhões de euros, que ficou, assim, muito aquém das expectativas. A margem bruta foi de 57,1%, o nível mais elevado em seis anos.
A Inditex culpa o quarto trimestre, quando a variante Ómicron causou novos confinamentos. A súbita queda nas vendas custou à empresa 400 milhões de euros.
Impacto da Rússia
O novo ano começou com um impulso positivo, pelo menos até à invasão da Ucrânia pela Rússia. Este é um dos mercados mais importantes da Inditex e representou cinco pontos percentuais do crescimento das vendas, no ano passado, mas está, agora, em queda. Todas as 502 lojas e a webshop na Rússia estão fechadas.
O grupo não especifica que impacto terá esta decisão nas vendas, mas quase 10% de todas as vendas e 8,5% dos lucros operacionais viriam do país, relata o jornal belga Le Soir.