A Ikea está a planear mover mais produção para a Turquia para minimizar problemas com as cadeias de abastecimento globais e o aumento dos custos de transporte, disse o diretor financeiro da empresa para a Turquia.
Os produtos que espera fabricar e exportar da Turquia, incluindo poltronas, estantes, guarda-roupas e armários de cozinha, viajam atualmente milhares de quilómetros do leste da Ásia para o Médio Oriente e mercados europeus. “Devido aos problemas de envio que enfrentámos durante a pandemia, estamos a tentar ter mais produção na Turquia“, adiantou Kerim Nisel à Reuters, mas sem indicar quanta capacidade pode ser transferida. “Todos nós vimos, na pandemia, que a diversificação é tão importante. Pode não ser uma boa estratégia produzir itens num país e depois tentar transportá-los para o mundo todo”.
A empresa tem sete lojas na Turquia e já exporta três vezes mais do que importa paraeste país, onde atualmente produz produtos têxteis, de vidro, de cerâmica e de metal para exportação global.
Contentores
Há um mês, a Ikea anunciou que iria comprar os seus próprios contentores e fretará os seus próprios navios, a fim de deixar de depender de terceiros e, deste modo, contrariar os constrangimentos na cadeia de abastecimento.
Kerim Nisel indica que o custo de um contentor do leste da Ásia saltou de dois mil dólares para 12 mil dólares. “É mais racional fabricar mais perto de onde se vende. Por isso, queremos que seja fabricado na Turquia”.
A estratégia da Ikea segue passos semelhantes de outras marcas europeias, como a Benetton, que está a trazer a produção para mais perto de casa, apostando na Sérvia, Croácia, Turquia, Tunísia e Egito, com o objetivo de reduzir pela metade a produção na Ásia.
