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Ikea convida Governo e parceiros para debater os desafios ambientais da década

Para construir um futuro melhor, é necessário o contributo de todos. Este foi o mote das conversas que se realizaram no dia 19 de outubro, em Lisboa. À Ikea juntou-se Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, e outros parceiros que procuraram responder às questões, “Qual o contributo de Portugal para a COP26?” e “Circularidade: qual o papel das marcas na aceleração da transição ambiental?”.

Com a moderação da jornalista Margarida Vaqueiro Lopes, o primeiro debate contou com a presença de Inês dos Santos Costas, de João Wengorovius Meneses, secretário geral da BCSD, e de Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da Ikea Portugal. Numa antecipação da COP26, concluiu-se que “precisamos de reduzir o consumo de matérias-primas e resíduos. E não esperar apenas pelos resultados das tecnologias. As empresas têm de mudar o seu ADN e perceber que têm de investir em modelos de negócio que sejam mais eficazes na utilização do seu recurso. Quando falamos em suficiência, não falamos em menos qualidade de vida. Mas, sim, sermos carbono negativos. E aplaudo a Ikea por querer isso. Para além de querermos que o planeta sobreviva, queremos que a humanidade sobreviva”, afirmou a secretária de Estado do Ambiente.

Já para João Meneses, “mudar mentalidades leva tempos geológicos e não temos esse tempo. Quanto mais formos capazes de sermos circulares, menos teremos de reduzir. Durante a pandemia, reduzimos as emissões, a nível global, 5,8%. Até 2030, temos de reduzir 50%. A magnitude deste desafio é enorme. Temos de procurar ter uma visão holística, estando no mínimo, mas não limitando o máximo”.

Ana Barbosa frisou que “a COP 26 é um momento para reforçar compromissos, mas também um momento de reflexão, não só para stakeholders, empresas, mas também para as pessoas. Queremos muito chegar ao consumidor. A Ikea pode contribuir de diferentes formas e esta conversa é uma dessas formas. A maioria das pessoas preocupa-se com as questões climáticas, porém, não sabe o que fazer e como. E, na maioria das vezes, não pode pagar mais por isso. Até 2030 queremos inspirar mais de mil milhões de pessoas, para as ajudar a dar o primeiro passo”.

 

Papel das marcas

Numa segunda conversa, que abordou o papel das marcas na aceleração de uma transição ambiental, Carolina Coelho, Sustainability Business Partner da Ikea Portugal, salientou que “o papel da Ikea é, também, tornar mais fácil, acessível e desconstruir esta complexidade. Exemplo disso foi a adesão à nossa campanha Buy Back Friday, em que compramos produtos aos clientes que possam ser reutilizáveis”.

Catarina Barreiros, criadora de conteúdos digitais, revelou que “o consumidor está muito atento e quer saber muito de maneira muito rápida. Por muito que se tente descomplicar, é um assunto complicado, que devia ser dado nas escolas. A sustentabilidade não tem de ser cara, mas tem de ter valor. E existe uma responsabilização das marcas para estes serviços, de reutilizar o produto, mas que respeitem a equidade do trabalho”.

Por sua vez, Nuno Luz, diretor geral da Fnac Portugal, chamou a atenção para o facto de, muitas vezes, para o consumidor, o chavão sustentabilidade significar mais caro. “Para isso temos de colocar no dia-a-dia do consumidor essa circularidade. Nós, na Fnac, escolhemos os produtos que duram no tempo. Avaliamos os produtos com base se temos peças para utilizar, daqui a cinco a 10 anos. Trabalhando na durabilidade do produto, trabalhamos na circularidade”, salientou

Por outro lado, numa perspetiva de uma microempresa, Rui Monteiro, fundador da Re-Coffee, acrescentou que “usa-se o termo ‘bio safe’ de forma leviana. E, cada vez mais, deve existir uma instrução aos consumidores para que não seja motivo de ‘green washing’. Desenvolver os produtos para durarem mais tempo e, posteriormente, pegar nesses mesmos produtos e dar-lhe uma nova vida. É tentar, de certa forma, dar um valor acrescido, que é necessário para que tenha uma nova vida. Reciclar o máximo possível, é ir sempre ao encontro de uma aplicação de utilização para aquele produto em específico”.

 

COP26

Este encontro foi, também, marcado pelo enquadramento da COP26, feito por Hege Saebjornsen, responsável pela ligação do Grupo Ingka com a organização da COP26, que reforçou a importância do Acordo de Paris e salientou, também, que existe uma grande expectativa em relação à Ikea, para agir e contribuir para um mundo melhor. “É uma oportunidade para crescer como empresa e comprometermo-nos com a missão de longo prazo de criar, até 2030, um planeta e pessoas positivas. São apenas as ações que criam realmente a mudança e, na Ikea, respeitamos estes cinco valores: liderar através do exemplo, agir rapidamente, focar no impacto, colaborar radicalmente e é um bom negócio ser um bom negócio”.

Além dos painéis, o evento contou, também, com a exposição de uma peça artística, intitulada Poltrono, construída apenas com a reutilização de desperdícios provenientes do processo de embalamento das lojas Ikea, criada pela artista Madalena Martins e produzida em parceria com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira.

Esta iniciativa procurou uma reflexão conjunta, para inspirar e criar uma realidade sustentável. Tal como Ricardo Pereira, Deputy CEO e CFO da Ikea, concluiu no encerramento do encontro, “as alterações climáticas são um dos maiores desafios que enfrentamos. Unindo as forças, seremos capazes de enfrentar esta problemática. Enquanto Ikea, estamos prontos para agir agora. E queremos trazer os clientes para junto de nós. A nossa visão é criar um melhor dia-a-dia para a maioria das pessoas. Temos que garantir que esta casa que partilhamos, o nosso planeta, continua e é isto que esperam de nós”.

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