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Huawei ultrapassa Apple nas vendas de telemóveis

É uma mudança inédita nos lugares do pódio. A Huawei vendeu mais telemóveis no último trimestre do que a Apple, conquistando o segundo lugar na lista dos maiores fabricantes, atrás da Samsung, de acordo com números da consultora IDC.

Esta é a primeira vez, em oito anos, que a Apple não está num dos dois primeiros lugares. Entre abril e junho, a chinesa Huawei vendeu 54,2 milhões de smartphones, o que corresponde a 16% do mercado global e significa um crescimento de 41% em relação aos mesmos meses do ano passado.

A mudança de posição reflete o crescimento da Huawei, tanto no mercado chinês, onde a marca foi responsável por um pouco mais de um quarto dos smartphones vendidos, como noutros mercados onde tradicionalmente tinha menos peso. “O crescimento continuado da Huawei é, no mínimo, impressionante, tal como também o é a sua capacidade para entrar em mercados onde, até recentemente, a marca era essencialmente desconhecida”, observa Ryan Reith, analista da IDC.

A Samsung mantém a liderança, com 71,5 milhões de unidades e 23% de quota de mercado. As vendas da marca sul-coreana, no entanto, caíram 10%. Já a Apple colocou no mercado 41,3 milhões de iPhones, mais 1% do que no ano passado, o que lhe valeu uma quota de 12%. “Vale a pena notar que a Apple subiu para a primeira posição em cada um dos últimos trimestres natalícios, a seguir à renovação dos seus produtos, por isso, é provável que continuemos a ver mexidas nas empresas de topo em 2018 e para lá disso”, salienta Ryan Reith.

No global, o mercado de smartphones continua a encolher. No segundo trimestre, foram vendidos 342 milhões de unidades, menos 2% do que há um ano. “A combinação de um mercado saturado, de um aumento das taxas de penetração dos smartphones e de um crescente preço médio de venda continua a enfraquecer o crescimento do mercado em geral”, afirma, por sua vez, Anthony Scarsella, analista da IDC. “Os consumidores continuam disponíveis para pagar mais por opções premium em vários mercados e agora esperam que os seus aparelhos durem mais e tenham melhor desempenho do que as gerações anteriores, que custavam consideravelmente menos há uns anos”.

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