O Grupo Nabeiro lidera o ranking das empresas mais responsáveis em Portugal, seguido da Sonae e EDP. Nas posições seguintes estão a Ikea, em quarto lugar .e a Jerónimo Martins no quinto. Vodafone, Lidl, Galp, Microsoft e Google completam o top 10.
Este ranking, que divulga as 100 empresas mais responsáveis em termos de ESG, foi publicado em Portugal pelo Merco, monitor de referência para a Ibero-América. O ranking avalia as empresas que, em 2022, cumpriram melhor os fatores ambientais, sociais e de governança, dando origem a uma lista geral e a outras três específicas para cada um dos critérios ESG (Environmental, Social, Governance).
Rankings sectoriais
Cada um dos rankings sectoriais é liderado pelas empresas Vieira de Almeida Advogados (advogados), Grupo Nabeiro – Delta Cafés (alimentação), Accenture (auditoria e consultoria), Grupo Volkswagen (automóvel), Santander (bancário), Sociedade Central de Cervejas (bebidas), Ikea (distribuição especializada), Jerónimo Martins (distribuição generalista), Johnson & Johnson (drogaria e perfumaria), Apple (eletrónica de consumo/informático), Adecco (ETT e serviços de recursos humanos), Bial (farmacêutico), Sonae (holding empresarial), Pestana Hotel Group (hotelaria e turismo), Amorim Corticeira (indústria), Microsoft (informática e software), Brisa – Autoestradas de Portugal (Iinfraestruturas e construção), Grupo Impresa –SIC (meios de comunicação), EDP – Energias de Portugal (petróleo, gás, energia e água), CUF (saúde), Fidelidade (seguros), Google (serviços de internet), Siemens (tecnológico/industrial), Vodafone (telecomunicações), CTT – Correios de Portugal (transporte de mercadorias e logística) e TAP Air Portugal (transporte de passageiros).
Subclassificações ESG
No que respeita às subclassificações ESG, o Grupo Nabeiro (Delta Cafés) é o líder em todas. Na categoria ambiental, o segundo posto é ocupado pela EDP e o terceiro pela Sonae.
Por seu lado, no que respeita ao sector social, a Sonae alcança a vice-liderança e a EDP a terceira posição. Por fim, na subclassificação de governança, o segundo lugar é da Sonae e o terceiro da Ikea.
Segundo José María San Segundo, CEO do Merco, “é de notar que, analisando a perceção dos consumidores sobre as empresas portuguesas, percebe-se que as duas variáveis com as classificações mais baixas são a responsabilidade social e a responsabilidade ambiental. Este é um desafio para as empresas, que deverão estar conscientes de que, apesar dos grandes progressos alcançados, as expectativas dos consumidores estão mais avançadas do que os progressos reais realizados”.
Espanha
Outra conclusão interessante, diz o comunicado, está relacionada com a avaliação que os consumidores portugueses fazem das empresas, quando comparados com os consumidores espanhóis. “Se compararmos os resultados deste estudo em Portugal e em Espanha, verificamos que os consumidores portugueses classificam melhor as empresas que operam em Portugal do que os consumidores espanhóis classificam as suas. Serão os consumidores espanhóis mais críticos? Seja como for, esta é a realidade. Portanto, do ponto de vista dos consumidores, as empresas portuguesas pontuam melhor do que as empresas espanholas. Contudo, se fizermos a mesma comparação de acordo com as opiniões dos gestores, observamos o contrário: quando se trata de variáveis como a ética e boa governação, os gestores portugueses são mais críticos em relação às empresas portuguesas do que o são os gestores em Espanha. Em qualquer caso, se formos mais fundo na análise das perspetivas dos consumidores, existe uma boa avaliação da ética e da governação, uma avaliação intermédia da parte social e uma avaliação ligeiramente inferior da parte ambiental“.
MERCO
O Merco Responsabilidade ESG Portugal 2022 contou com a participação de 252 executivos de grandes empresas, 41 jornalistas de informação económica, 31 membros do governo, 39 analistas financeiros, 35 responsáveis de organizações não governamentais, 38 dirigentes sindicais, 30 dirigentes de associações de consumidores e 800 cidadãos (Merco Consumo).
A par destas avaliações, integra também uma análise da reputação na esfera digital das empresas (Merco Digital) e a realidade destas através de uma avaliação dos méritos reputacionais, feita por 19 empresas. Estes rankings são resultado de cinco avaliações, 12 fontes de informação e 1.205 inquéritos.
