O regulador da concorrência britânico decidiu bloquear a fusão entre a Sainsbury’s e a Asda, por considerar que a operação reduziria a concorrência no sector, elevaria os preços e diminuiria a qualidade e disponibilidade dos produtos para o consumidor.
Deste modo, o regulador confirma as conclusões do seu relatório preliminar, publicado em fevereiro, no qual alertava para os riscos que o acordo alcançado, em abril de 2018, entre a Sainsbury’s e a Asda para criar o maior grupo retalhista alimentar britânico, com uma faturação combinada de cerca de 57.818 milhões de euros, uma rede de mais de 2.800 lojas e uma quota de mercado acima dos 30%.
No relatório final, o regulador desestima as medidas tomadas pelas empresas para remediar os potenciais riscos da fusão, como a possibilidade de se desfazerem de até 150 lojas, assim como reduzir o seu peso no segmento das gasolineiras. “Chegámos à conclusão que não existe uma forma eficaz de abordar as nossas preocupações, senão bloquear a fusão”, indica Stuart McIntosh, representante da CMA encarregue de analisar a operação.
Face à oposição do regulador, Mike Coupe, CEO da Sainsbury’s, e Judith McKenna, diretora da Walmart International, a dona da Asda, acordaram pôr fim à operação de fusão.