A economia global enfrenta um ano de perspetivas de crescimento moderadas e incerteza decorrente de conflitos geopolíticos, condições de financiamento apertadas e o impacto disruptivo da inteligência artificial, revela um inquérito aos principais economistas feito por ocasião do Fórum de Davos.
Realizada todos os anos antes da reunião anual do Fórum Económico Mundial (FEM) em Davos, na Suíça, a pesquisa com mais de 60 economistas-chefes dos sexctores público e privado tenta esboçar prioridades para formuladores de políticas e líderes empresariais.
Cerca de 56% dos inquiridos espera que as condições económicas globais se enfraqueçam este ano, com um elevado grau de divergência regional. Embora a maioria tenha registado um crescimento moderado ou mais forte na China e nos Estados Unidos, houve um amplo consenso de que a Europa reuniria apenas um crescimento fraco ou muito fraco. As perspetivas para o sul da Ásia e o leste asiático e Pacífico são mais positivas
Refletindo comentários dos principais bancos centrais do mundo a sugerir que as taxas de juros atingiram o pico, 70% dos entrevistados espera que as condições financeiras afrouxem, à medida que a inflação diminui e a atual restritividade nos mercados de trabalho diminui.
“Relançar o crescimento mundial”
Separadamente, o FEF divulgou um estudo sobre a “qualidade” do crescimento económico em 107 economias, que concluiu que a maioria dos países está a crescer de uma maneira que não é ambientalmente sustentável nem socialmente inclusiva. “Relançar o crescimento global será essencial para enfrentar os principais desafios, mas o crescimento por si só não é suficiente”, afirma Saadia Zahidi, diretora geral do Fórum Económico Mundial.
O organismo está a lançar uma campanha para definir uma nova abordagem ao crescimento e ajudar os decisores políticos a equilibrá-lo com as prioridades sociais e ambientais, entre outras.