A Crédito y Caución prevê a estagnação da expansão económica em França em torno de 1,5%, em 2019 e 2020, devido à fraca procura interna e à desaceleração das exportações.
O sentimento empresarial em França tem sido afetado pelos protestos sociais, pela rigidez do mercado laboral e pelas restrições nas capacidades produtivas. A dívida corporativa cresceu para ultrapassar os 70% do PIB. O relatório da seguradora de crédito alerta que um aumento adicional poderia gerar uma vulnerabilidade das empresas francesas perante uma mudança na política monetária pelo Banco Central Europeu.
A despesa pública em França equivale a 57% do PIB, a percentagem mais elevada da Zona Euro. Desde 2008, a dívida pública do governo central passou de 67% do PIB para quase 100%. No entanto, o incremento da despesa fiscal como reação aos protestos sociais provocará um aumento no défice orçamental, em 2019, acima do patamar de Maastricht de 3% do PIB.
Após as quedas de 2016 a 2018, a Crédito y Caución espera uma pequena retomada das insolvências em França, em 2019, em linha com a estagnação económica. Com cerca de 55 mil falências, o ano fechará em níveis semelhantes aos registados em 2008.