in

Eroski com dificuldades na renegociação da dívida

É uma referência no universo das cooperativas, mas a Eroski poderá ver-se forçada em transformar-se numa sociedade anónima e deixar de estar nas mãos os seus trabalhadores. Isto porque o retalhista espanhol está a ter dificuldades nas negociações com os bancos para refinanciar um crédito de 1.690 milhões de euros, que vence em junho de 2019.

A cadeia basca quer um novo prazo para este cumprir o pagamento, enquanto os bancos pedem, em troca, a venda de alguns dos seus principais negócios. Em cima da mesa está também abandonar o modelo de cooperativismo. Recorde-se que a Eroski é propriedade de cerca de 10 mil sócios.

A Eroski tem defendido acerrimamente este modelo, que é um dos seus traços identitários desde que foi fundada, em 1969. O grupo presidido por Agustín Markaida diz mesmo que a sua natureza jurídica não é negociável. Em contrapartida, os credores consideram que a sociedade anónima é a melhor opção.

Relativamente à venda de ativos, em causa está agora o negócio nas Baleares, os 50% que detém na Vegalsa na Galiza ou a catalã Caprabo. A este respeito, os credores fazem mesmo finca-pé, para assegurar uma recuperação de mil milhões de euros no espaço de quatro anos. Recorde-se que, desde 2014, a Eroski tem vendido alguns negócios. Em novembro desse mesmo ano, chegou a acordo com a DIA para a venda de 160 lojas por 146 milhões de euros. Já em 2016, vendeu 36 hipermercados e 22 gasolineiras ao Carrefour, por 200 milhões de euros. No ano passado, trespassou a rede de perfumarias If e as suas 103 lojas à Douglas. 

El Corte Inglés une-se à Intercorp para crescer na América Latina

Confraria da Cerveja entroniza 50 novos confrades