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Elevada procura e falta de espaços faz disparar rendas das lojas de rua em Lisboa e Porto

A forte procura e a falta de espaços disponíveis em Lisboa e no Porto estão a fazer aumentar as rendas do comércio de rua.

As conclusões são do mais recente estudo da CBRE que refere que as rendas “prime” nas lojas do Chiado (Rua Garrett) e da Rua Augusta subiram 5% e 21%, respetivamente. No Porto, as rendas “prime” na Rua de Santa Catarina registaram uma subida de 29%.

Segundo o estudo “Perspetiva Imobiliária” da CBRE, em 2016, a renda “prime” de comércio no Chiado (Rua Garrett), em Lisboa, fixou-se nos 105 euros por metro quadrado ao mês (€/m2/mês), um aumento de 5% face ao ano anterior. Na Avenida da Liberdade, a renda “prime” manteve-se estável nos 100€/m2/mês, enquanto que na Rua Augusta registou-se um aumento de 21% para 85€/m2/mês. No Porto, a renda “prime” na Rua de Santa Catarina, onde o mercado de comércio de rua está mais consolidado, registou um aumento de 29%, fechando o ano de 2016 em 45€/m2/mês. “O comércio de rua manteve uma forte dinâmica em 2016, continuando a beneficiar do elevado fluxo turístico, mas igualmente do aumento registado no consumo privado. Em Lisboa, os novos conceitos de restauração continuam a emergir por todo o centro histórico da cidade, nomeadamente nos eixos “prime” de comércio da Rua Augusta, Chiado, Príncipe Real e no eixo ribeirinho, onde há mais atividade turística”. justifica Carlos Récio, diretor da Agência de Comércio da CBRE. Relativamente ao Porto, Carlos Récio assinala ainda que “também atravessa atualmente uma fase muito positiva, com novas aberturas nas principais zonas de comércio de rua da cidade”.

Ao longo do ano, 17 novas lojas abriram nos principais eixos de comércio de rua de Lisboa. Destacam-se a abertura, pela primeira vez em Portugal, de quatro novas lojas, das quais três insígnias de luxo na Avenida da Liberdade: Bvlgari (430m2), Versace (430m2) e Armani Exchange (490m2) e ainda a loja da marca de moda Brandy Melville (300m2), no Chiado.

No Porto, a CBRE registou a abertura de 19 novas lojas, incluindo a abertura da New Balance na Rua de Santa Catarina (786m2) e do Hard Rock Café junto da Avenida dos Aliados (1.450m2). Para além disso, e mantendo uma tendência que se tem vindo a intensificar, diversas unidades de restauração abriram na Rua das Flores, no Largo de São Domingos e na Rua Mouzinho da Silveira.

Já os centros comerciais “prime” do país apresentam atualmente uma disponibilidade residual ou estratégica, enquanto que os centros comerciais secundários continuam a recuperar lentamente e a reduzir os descontos sobre as rendas. As rendas “prime” mantiveram-se inalteradas ao longo do ano nos centros comerciais de Lisboa e Porto, fixando-se em 95€/m2/mês no final de 2016, 12% acima do pico de mercado de 2007.

Por outro lado, o ano de 2016 confirmou a recuperação de alguns retail parks, com o regresso de tradicionais ocupantes deste formato comercial, assim como o aparecimento de novos operadores, que impulsionaram o valor da renda “prime”, que aumentou 6% face ao período homólogo, mas ainda se situa 10% abaixo do pico de mercado.

Nos outlets, a renda prime também aumentou ao longo de 2016, fixando-se nos 25€/m2/mês.

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