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Desinfetantes de mãos poderão tornar-se tão “mainstream” como a pasta de dentes

Foto Shutterstock

Foi uma das categorias de maior procura durante a pandemia de Covid-19 e não deverá ficar por aqui. O mercado mundial de desinfetantes de mãos deverá continuar a crescer, mesmo após a crise pandémica, conclui um estudo da Future Market Insights.

Em 2020, este mercado deverá valer 1,23 mil milhões de euros e continuar a crescer a uma taxa anual de 7,2% até ao final da década. Em 2019, este mercado gerou vendas no valor de 1,12 mil milhões de euros.

 

Procura sustentada mesmo após a vacina

O estudo sublinha que as vendas dispararam, em todo o mundo, para níveis sem precedentes. Uma procura que deverá manter-se sustentada, mesmo depois de uma vacina para a Covid-19 estar disponível. “No próximo ano, a procura continuará a ser superior à oferta; contudo, será provável que os desinfetantes de mãos se tornem tão ubíquos como a pasta de dentes ou sabonete para lavar o rosto”, indica o estudo.

Regionalmente, a América do Norte e a Europa continuam a liderar em termos de procura neste mercado. Contudo, durante os próximos 10 anos, a Ásia ocidental deverá emergir como o mercado mais atrativo.

 

Gel lidera procura

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas que morrem de doenças crónicas e de infeções é elevado, maioritariamente entre as populações mais seniores. A mudança de comportamentos está a levar a um aumento destes problemas de saúde.

Nesse sentido, mesmo antes da Covid-19, já se notava um uso sustentado de desinfetantes de mãos. As pandemias da última década, como o SARS, o MERS, a H1N1 e o Ébola, demonstraram claramente a velocidade de propagação deste tipo de infeções, a nível mundial, e a necessidade de respostas ágeis e coordenadas.

A Covid-19 apenas veio exacerbar essa tendência. Em todo o mundo, as recomendações das autoridades de saúde são no sentido de lavar as mãos regularmente, de modo a conter a sua propagação. Uma vez que as medidas de confinamento já aliviaram, e as pessoas se movimentam mais, as soluções instantâneas em gel são uma alternativa quando a lavagem com água e sabão não é possível. Além disso, nota o estudo, as soluções em gel são formuladas com etanol ou álcool etílico, ingredientes que matam 99,9% das bactérias em segundos, e contêm elementos hidratantes que reduzem a secagem da pele das mãos. Não é por isso de estranhar que, em termos de produto, a procura continuará a ser liderada pelo segmento do gel.

 

Mercado competitivo

O estudo indica ainda que os retalhistas online apresentarão a mais elevada taxa de crescimento nas vendas de desinfetantes de mãos, entre 2020 e 2030, devido à disponibilidade de múltiplas marcas, informação detalhada sobre os produtos, possibilidade de comparação de preços e entrega ao domicílio.

Antes da Covid-19, este mercado era moderadamente fragmentado. Contudo, desde março, a procura elevada levou ao aparecimento de novos operadores. O estudo nota que o número de “players” atualmente ativos no mercado está diretamente relacionado com as questões regulamentares. Alguns dos principais operadores neste mercado, indica o estudo, são a P&G, Gojo Industry, Reckitt Benckiser, Best Sanitizers, The Himalaya Drug Company, Henkel e Unilever.

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