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Crise leva 70% dos portugueses a alterar os seus hábitos de consumo

Desde o início da crise económica, 70% dos portugueses alteraram os seus hábitos de consumo, concluiu um estudo promovido pela Missão Continente, com coordenação científica do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

Para além das promoções, 35% dos portugueses passaram a optar por produtos mais baratos, 31% a frequentar menos restaurantes e 30% a comprar produtos de marca própria. As marmitas no trabalho (14%) e o cultivo próprio de legumes (11%) foram outras alternativas mencionadas pelos inquiridos. Mesmo assim, três em cada 10 portugueses afirmam não ter alterado os seus hábitos de consumo.

Mesmo com o aumento da preocupação com as economias domésticas da maioria, o estudo demonstrou que os portugueses continuam a valorizar a qualidade e a origem dos alimentos. Quando questionados sobre os critérios fulcrais para a compra de produtos alimentares, 86% dos inquiridos afirmaram valorizar a frescura e um preço justo, 79% o prazo de validade e 63% os produtos nacionais.

No Primeiro Grande Inquérito sobre Sustentabilidade, os portugueses foram também questionados sobre as suas principais preocupações alimentares: 77% referem o desperdício alimentar, 76% a contaminação por bactérias como a salmonela, 74% o potencial cancerígeno das carnes processadas e 72% a presença de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Para combater o desperdício alimentar, a principal preocupação dos portugueses, os inquiridos querem informação mais clara sobre prazos de validade (53%) e clarificação dos diferentes tipos de validades existentes (41%). Receitas para aprovisionamento dos excessos (39%) e dicas sobre as formas de conservação e armazenagem dos produtos (38%) são também soluções apontadas.

Relativamente à predisposição para adoção de práticas alimentares alternativas, quase metade dos portugueses (45%) está disposto a optar por proteínas vegetais como grão, feijão e soja, em alternativa à carne. Outras alternativas mais arrojadas são apontadas por 20% dos portugueses, como optar por carne de animais clonados ou até ingerir insetos e minhocas processados (19%).

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