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Crédito y Caución prevê que o surto de coronavírus tenha impacto suave na economia mundial

Foto: Robert Wei / Shutterstock.com

A Crédito y Caución prevê que o surto de coronavírus tenha um impacto relativamente suave na economia mundial. Essa é a conclusão que se pode retirar do mais recente relatório divulgado pela empresa que analisa a evolução deste surto assimétrico, que está em desaceleração na China e se intensifica no resto do mundo, principalmente na Coreia do Sul e em Itália.

Tendo em conta o sucedido anteriormente com o SARS e as medidas adotadas pelas autoridades, o marco de referência para a seguradora de crédito é que o surto na China tenha uma duração relativamente curta, não superior ao primeiro trimestre de 2020 (cenário de contenção). Um segundo cenário mais improvável situa o final do surto a finais de junho (cenário prolongado). Nos restantes países da OCDE afetados, a previsão também é de uma vida relativamente curta, graças à qualidade dos sistemas de saúde pública e a toda a aprendizagem resultante do modo como as autoridades chinesas geriram a situação.

De acordo com as estimativas da seguradora de crédito, o cenário base assumiria que a China irá manter um crescimento de 5,4%, em 2020. Um cenário prolongado colocaria o crescimento do motor asiático em cerca de 4,5%. Os efeitos do menor crescimento chinês terão impacto global através do comércio e da evolução dos preços das “commodities”, que já caíram. Com a produção chinesa sob pressão, devido ao encerramento de fábricas por motivos de saúde pública e à escassez de trabalhadores, o resto do mundo enfrenta uma escassez de produtos semiacabados.

O cenário de contenção na China colocaria o crescimento do PIB mundial, em 2020, em 2,3% (menos 0,25 pontos). Trata-se de um impacto relativamente suave, embora ocorra num contexto em que já se antecipava uma redução no crescimento económico global que está nos níveis mais baixos desde a crise financeira. A revisão seria sentida especialmente na Ásia (-0,5 pontos) e apenas marginalmente nos Estados Unidos (-0,1) e na zona euro (-0,2). O recente surto em Itália pressionará negativamente esta previsão. Num cenário prolongado, o crescimento do PIB mundial seria de 2% (-0,5), afetando de forma desigual os Estados Unidos (-0,25), a zona euro (-0,5) e a Ásia (-1,1).
As previsões de insolvência da Crédito y Caución emitidas em novembro já assinalavam que o ano passado marcou um ponto de viragem. Em 2019, o número de insolvências cresceu 3% e em 2020 a seguradora esperava uma desaceleração até 2,3%. O surto de coronavírus modifica esse prognóstico. Num cenário básico de contenção, a Crédito y Caución prevê um aumento de 0,8 pontos adicionais nas insolvências globais, em 2020. O maior impacto ocorrerá na Ásia emergente (+1,5 pontos), enquanto na zona euro (+0,8) e nos Estados Unidos (+0,6) o impacto será leve. Num cenário prolongado, seria de esperar um aumento maior das insolvências globais (+2,1 pontos), com especial impacto na Ásia emergente (+3,3 pontos), acima da zona euro (+2,0) e dos Estados Unidos (+1,8).

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