A crise da Covid-19 está a levar a um aumento das preocupações quanto ao bem-estar emocional e aos ganhos de peso, indica um estudo da FMCG Guru.
De acordo com a pesquisa, esta preocupação deverá levar os consumidores a dar maior importância às questões da saúde e do bem-estar, à medida que ao ano evolui e as restrições ligadas ao coronavírus continuam a aliviar.
Mudança de expectativas
A FMCG Guru inquiriu 23 mil consumidores de 18 mercados, em abril e novamente em maio, para avaliar a mudança de expectativas derivada do impacto do novo coronavírus na sua vida quotidiana.
Em maio, 71% dos inquiridos indicaram que acreditavam na inevitabilidade de uma segunda vaga do vírus e 51% estava convicto de que este continuaria a impactar a sua vida, pelo menos, durante 12 meses, percentagem que subiu face aos 48% apurados em abril.
Além disso, 72% esperava que a economia global entrasse em recessão, comparativamente com 63% no mês anterior.
Consequentemente, 43% tornou-se mais consciente do seu bem-estar emocional, o que compara com os 36% de abril.
Comida de conforto
Para lidar com a incerteza e gerir as emoções, muitos consumidores viraram-se para a chamada comida de conforto. Em maio, 50% confirmava que estava a fazer mais “snacking”, comparativamente com os 38% de abril, e 23% estava menos atento à sua ingestão calórica.
Simultaneamente, porém, um em cada três inquiridos tornou-se também mais consciente do seu peso, comparativamente a um em cada cinco, em abril.
“A realidade é que, ao longo dos próximos seis a 12 meses, os consumidores irão simultaneamente continuar a optar por snacks para propósitos de conforto, embora mostrando-se preocupados quanto ao impacto que esses hábitos poderão ter no seu peso”, perspetiva a FMCG Guru. “Isto irá levar os consumidores a optarem por snacks saudáveis numa base mais regular, com menos açúcar, de modo a poderem desfrutar de momentos de indulgência sem prejudicar a sua saúde”.