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Continente Negócios quer “roubar” a liderança à Staples

O objetivo é muito claro e foi publicamente assumido por Inês Valadas, administradora da Sonae MC: dentro de quatro anos, o Continente Negócios quer “roubar” a liderança da Staples do mercado português de material de escritório e atingir uma faturação de 30 milhões de euros ao ano.

A nova unidade de negócio da Sonae MC tem por objetivo servir um universo potencial de clientes composto por 33 mil empresas. Alavancado na força e ativos do Continente e das suas respetivas marcas, o Continente Negócios disponibiliza um catálogo composto por três mil produtos em categorias que vão desde o papel e material de escrita e escritório, ao material de arquivo, mobiliário de escritório – área completamente nova para o Continente e onde trabalha exclusivamente com fornecedores nacionais -, produtos de higiene e limpeza, alimentação, farmácia, através de uma parceria com a Well’s, e equipamento e tecnologia, onde conta com a colaboração da Worten. Para breve está o lançamento de uma oferta direcionada as empresas de hotelaria e restauração, apoiada na marca Kasa, que é, segundo Inês Valadas, a segunda maior marca de “home goods” no mercado nacional, a seguir à IKEA.

Desenvolvido pela Sonae ao longo dos últimos dois anos e meio, o Continente Negócios tem por base a forte implantação que o Continente já tem na área da papelaria, traduzida, segundo a gestora, na liderança do mercado. Detetada a oportunidade de mercado – um universo composto por 300 mil empresas, sem contar com os empresários em nome individual, e um valor de 430 milhões de euros só na área dos chamados “office supplies” -, assim como a necessidade por parte dos clientes – pela falta de competitividade da oferta presentemente disponível, tanto ao nível do preço como do serviço e gama de produtos -, o Continente Negócios vem posicionar-se no mercado com uma proposta de valor assente num conceito de “one stop shop”, onde as empresas podem comprar, no mesmo local, todo o tipo de produtos necessários para a sua atividade. Implicou um investimento de um milhão de euros, sem contabilizar os recursos humanos e os custos correntes, e prevê atingir o “break-even” no terceiro ano e o “pay-back” no final do quarto ano de operação.

Com uma lógica de funcionamento exclusivamente online, o Continente Negócios já tem disponível o site dedicado às micro-empresas e empresários em nome individual e irá ter também um portal direcionado às grandes contas, clientes que serão apoiados por uma equipa de comerciais para já composta por 10 pessoas. Os produtos são entregues no prazo de 24 a 48 horas e as entregas são gratuitas para compras acima dos 35 euros mais IVA. Toda a logística assenta num entreposto próprio, com “picking” à unidade, embora alguns produtos sejam expedidos diretamente pelos fornecedores.

Questionada sobre a possibilidade de abertura de lojas físicas, Inês Valadas confirmou que não faz parte dos planos do Continente Negócios, uma vez que já existem, dentro do universo Sonae, ativos que permitirão prestar um atendimento mais personalizado aos clientes empresariais, caso das lojas Continente e Note, que em 2016 irão conhecer um novo impulso em termos de expansão.

Descartada fica também, para já, a internacionalização desta área de negócios que, de acordo com a administradora da Sonae MC, a acontecer, apenas se justifica numa lógica de acompanhamento do próprio Continente.

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