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Um novo estudo revelou que os consumidores europeus estão mais preocupados com a saúde do que com a sustentabilidade na hora de escolher alimentos. De acordo com o “EIT Food Trust Report 2024”, 51% dos consumidores europeus indica que o seu principal objetivo é ter uma alimentação mais saudável, enquanto apenas 9% considera a sustentabilidade um fator determinante nas suas escolhas.
Entre as principais mudanças alimentares que os consumidores desejam implementar estão a redução do consumo de açúcar (61%), a diminuição da ingestão de alimentos processados (59%), um menor consumo de gorduras (57%) e a redução do consumo de produtos de origem animal (25%).
Por outro lado, a preocupação com a sustentabilidade alimentar tem vindo a diminuir, passando de 51% em 2020, para 46% em 2024, o que sugere uma redução da consciencialização ambiental quando comparada à prioridade dada à saúde.
Fatores que dificultam a mudança alimentar
O relatório identificou alguns dos principais desafios que impedem os consumidores de adotar uma alimentação mais saudável e sustentável. 31% aponta as restrições orçamentais como a principal barreira, 27% refere a dificuldade em mudar hábitos alimentares e menos de metade dos consumidores (45%) sente que consegue distinguir informação fiável de desinformação alimentar.
O estudo também revela que os consumidores têm baixa confiança nas fontes de informação sobre saúde e sustentabilidade alimentar. Apenas menos de um terço confia em retalhistas, governos, restaurantes e empresas de catering para fornecer dados credíveis sobre nutrição e impacto ambiental. Já os médicos e profissionais de saúde são vistos como fontes de informação mais fiáveis por dois terços dos inquiridos, seguidos por cientistas e académicos (57%).