Como os espaços de coworking podem ajudar a recuperar a queda no consumo?

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Depois de mais de um ano a pairar sobre as nossas vidas, começa finalmente a desenhar-se uma luz ao fundo túnel para o fim da pandemia da SARS-CoV-2. Contudo, o impacto do vírus na nossa sociedade e estilo de vida é irreversível. Quer isto dizer que o “novo normal” já se está a construir em cima da realidade provocada por este período conturbado. Sairemos mais fortes como entidade coletiva, mas certamente que diferentes também. Como é apanágio dizer, das crises nascem sempre oportunidades.

 

Espaços flexíveis: uma opção em ascensão

Uma das realidades mais profundamente alteradas com a pandemia foi a do trabalho. O Grande Confinamento de 2020 fez com que a maioria das empresas no país – no mundo, aliás – tivesse de enviar os seus colaboradores para casa, no âmbito das medidas de contenção e combate ao vírus.

O teletrabalho, as suas derivações e modalidades passaram a ser a prática normal. No pós-pandemia, o que se discute já não é a sua importância, mas de que forma – ou em que proporção – é que estes passarão a estar presentes nas nossas vidas profissionais.

Basta olhar para o sucesso de projetos como o LACS para antever esta realidade. Se espaços de trabalho flexível com espaço de cowork, como o do LACS, já não são novidade, sendo estes particularmente usados por freelancers e startups, as novas formas de organização das empresas pós-Covid parecem sugerir que o ecossistema dos espaços flexíveis terá novos utilizadores.

Aliás, já era assim nos Estados Unidos da América, onde empresas como o Facebook e a IBM já operam com recurso a estes espaços.

 

Otimização das infraestruturas

Agora que estamos em setembro de 2021, já se podem inferir algumas coisas conclusões sobre o último ano e meio. E parece seguro dizer que o ambiente corporativo do escritório tradicional dificilmente voltará a ter o peso que teve no passado.

Infraestruturas pesadas, com custos fixos altos e horários rígidos, quando contrapostos com as novas opções de trabalho inteligente que beneficiam todos – empresas e colaboradores –, não parecem ter grande margem neste futuro que já se está a viver. Se combinarmos esta tendência com a queda no consumo e subsequente necessidade de dinamização de espaços, podemos estar perante um cocktail de sucesso.

 

Transformação dos espaços comerciais

De acordo com um estudo da consultora BPrime citado num artigo da Visão, espaços como centros comerciais – muito afetados pela pandemia – têm aproveitado a realidade do teletrabalho para criar áreas específicas para o coworking. O objetivo é fazer com que os visitantes fiquem mais tempo nos espaços comerciais. De acordo com o mesmo artigo também as autarquias estão a apostar neste nicho, dando-se nota de que foram criados programas de financiamento através de fundos europeus para a criação deste tipo de espaços no interior do país.

Em declarações ao título do grupo Trust In News, o diretor geral da BPrime, Jorge Bota, referiu que o “conceito de coworking veio para ficar. Inicialmente, havia uma ideia preconcebida que esta solução era adequada apenas para startups e freelancers, mas, devido à expansão deste segmento de negócio, podemos concluir que se está a consolidar em todos os mercados”.

O estudo da empresa sobre coworking refere que, dentro de dois anos, serão esperados “5,1 milhões de utilizadores destes espaços”. Números paradigmáticos que podem ajudar a alavancar quem aposta neste tipo de soluções. E se nos perguntarmos sobre se há algum tipo de evidência que ajude a suportar tanto otimismo sobre esta tendência, basta olharmos um pouco para trás.

 

Aprender com o passado

O trabalho da Visão estabelece o paralelo com o que se passou, entre 2002 e 2004, na Ásia com a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), sublinhando que as empresas foram então obrigadas a procurar espaços seguros para ali alocarem colaboradores de áreas estratégicas, de forma a manter a produção e respeitar o distanciamento social.

Uma das soluções foi encontrada nos espaços de coworking. Uma realidade que, quase 20 anos volvidos, parece encontrar correspondência ao período que vivemos neste pós-pandemia da Covid-19.

Ainda que represente uma diminuição de custos para as empresas, o coworking é uma proposta que ultrapassa a dimensão económica. Representa, pela flexibilidade que proporciona, a possibilidade de conciliar melhor a vida pessoal com a profissional, abre a possibilidade de desenvolver sinergias e estabelecer redes de trabalho.

Tudo enquanto se trabalha num lugar com ambiente descontraído, pensado ao pormenor por pessoas e para pessoas. E, para além da revitalização de espaços que sofreram com a pandemia, importa deixar a reflexão: que melhor motor de recuperação da queda do consumo do que as pessoas?

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