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Como a Covid-19 modelou os comportamentos e finanças pessoais

Foto Shutterstock

Mais de um ano depois do início da pandemia, muito mudou no comportamento do consumidor. O surto representou a primeira ameaça existencial séria em muitos anos e para muitos teve um profundo impacto nas suas prioridades.

A saúde e o bem-estar tornaram-se ainda mais importantes para o consumidor, o que levou ao crescimento em várias áreas, incluindo a alimentação funcional, o equipamento desportivo e os suplementos e vitaminas. “O crescimento na categoria de vitaminas, minerais e suplementos deverá manter-se forte nos próximos anos, com os consumidores a continuarem a dar prioridade à proteção do seu sistema imunitário, assim como a aumentarem os seus níveis de exercício”, nota Jack Duckett, Associate Director of Consumer Lifestyles Research na Mintel.

 

Moda e casa

A moda tornou-se mais casual, com um maior foco no conforto. Mas esta mudança não implicou sacrificar a qualidade, com os consumidores a privilegiaram as marcas de athleisure, loungewear e roupa interior premium, de modo a maximizar a experiência de trabalho a partir de casa.

Após meses de confinamento, muitos irão começar a investir em vestuário para efeitos de socialização, mas dificilmente as vendas de peças de roupa mais formais irão recuperar.

O facto de se passar mais tempo em casa motivou também a um maior investimento em mobiliário e equipamento para o lar, de modo a torná-lo mais adequado para múltiplas necessidades: escritório, sala de aulas, espaço familiar e ginásio. “Com muitas pessoas a esperarem regressar a um maior equilíbrio entre a vida dentro e fora de casa, não restam, contudo, dúvidas de que este espaço doméstico multifuncional irá ter uma maior importância na vida das pessoas, uma vez que a tendência do teletrabalho irá persistir. Isto abrirá espaço para a manutenção dos gastos em artigos para o lar, que permitam uma mais fácil transição entre as várias funções que deve agora desempenhar”, prossegue Jack Duckett.

 

Finanças

Apesar das dificuldades económicas causadas pela pandemia, as finanças pessoais não sofreram, ainda, um tão grande impacto. Para aqueles que conseguiram manter os seus níveis de rendimento, o facto de não se consumir tanto fora do lar levou a um aumento da poupança.

Por outro lado, já antes da pandemia, os pagamentos em dinheiro encontravam-se a cair, tendência que rapidamente acelerou em 2020. “O contactless tornou-se um modo de vida”, considera Thomas Slide, Senior Financial Services Analyst na Mintel. “Uma vez que fomos forçados a trabalhar, socializar e comprar digitalmente, também será cada vez mais confortável usar a banca digital”.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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