A Cargill está levar a cabo uma restruturação a nível europeu, descentralizando os seus escritórios para a capital da Bulgária, Sofia.
Após o despedimento de José Maria Mateo, presidente da Cargill para Portugal e Espanha, os serviços centrais e administrativos estão a ser deslocalizados. De há dois anos a esta parte, a empresa alimentar tem vindo a efetuar diversos cortes de funcionários nos seus escritórios.
Estes despedimentos não têm afetado as fábricas, que parecem estar à margem da situação. Esta descentralização não vai também afetar as nove fábricas que a multinacional detém em Portugal e Espanha, deslocando apenas os escritórios que englobavam até aqui departamentos como contabilidade e administração. A Cargill têm escritórios em Martorell, a sede da Península Ibérica, Barcelona, Madrid e Lisboa.
A Cargill abriu os seus escritórios em Sofia há dez anos e em 2013 abriu um segundo escritório em Varna para gerir o tráfego marítimo. Nesse mesmo ano, e de forma a reduzir custos, decidiu centralizar na capital búlgara alguns serviços comuns aos negócios da Europa, Médio Oriente e África.
O processo de descentralização está a ocorrer de forma discreta e lenta, proporcionando aos funcionários “boas condições económicas“.
Dedicada à comercialização de azeite, alimentos, cereais e rações para animais, a Cargill é uma empresa centenária, presente em 70 países e com um volume de negócios superior a 100 mil milhões de euros por ano. Em Espanha e Portugal, a multinacional norte-americana tem mais de 700 trabalhadores e fatura cerca de 1.350 milhões de euros ao ano.
