O Bio-Oil apresenta uma imagem renovada. O produto surge com uma nova embalagem mais minimalista e próxima daquele que é o seu posicionamento. Não é a primeira novidade desta marca que tem sabido responder às necessidades dos portugueses. Prova disso é que já é número um em vendas, com 40% da quota em farmácias e parafarmácias, como assegura Margarida Costa, responsável pela marca em Portugal.
O Bio-Oil começou na África do Sul, pelas mãos de Dieter Beier, um químico alemão. O cientista não era estranho à indústria de cuidados com a pele, já que a empresa da família Beier tinha sido responsável por ajudar no desenvolvimento de produtos de cuidados com a pele de renome mundial, como o óleo de Olay. Nos anos 70, Dieter Beier começou a pesquisar produtos para a pele à base de óleo, culminando no desenvolvimento e lançamento do Bio-Oil, em 1987.
Hoje, o Bio-Oil está disponível em mais de 125 países nos cinco continentes. Já ganhou 349 prémios em cuidados com a pele e tornou-se o produto número um em cicatrizes e estrias em 24 países. Em Portugal, pode ser encontrado em farmácias e parafarmácias. “Esse é o ‘core’ do nosso negócio e daí não iremos sair, a menos que o futuro nos traga outras oportunidades. 50% da categoria é feita nas farmácias e o restante é feito nas parafarmácias, que já têm um peso bastante grande, principalmente para a Bio-Oil. A Bio-Oil é a número um na categoria. Temos cerca de 40% de ‘market share’. Uma quota ainda bastante considerável. E em unidades temos aproximadamente 46%”, afirma Margarida Costa, responsável pela marca em Portugal. “Em parte, este sucesso vem por causa da fórmula, que obviamente tem ajudado o Bio-Oil no seu crescimento. É um produto bastante inovador nesse sentido”.
Composição
A fórmula do Bio-Oil é uma combinação de extratos de plantas – calêndula, lavanda, rosmaninho e camomila – e vitaminas – A e E –, em suspensão numa base de óleo. Adicionalmente, contém o ingrediente PurCellin Oil, que altera a consistência geral da fórmula, tornando-a leve e não gordurosa, assegurando que os benefícios das vitaminas e dos extratos de plantas são facilmente absorvidos.
O desenvolvimento do Bio-Oil foi, em essência, um retorno às origens dos cuidados com a pele. Afinal, durante a maior parte da sua história, os cuidados com a pele consistiam inteiramente no uso de óleos vegetais. Remontando às primeiras civilizações, os óleos vegetais eram usados para curar, melhorar e acalmar o corpo e o espírito. Desde a sua criação que a fórmula do Bio-Oil permanece a mesma. “É um produto muito versátil, que dá para várias utilizações. Basicamente, é um produto anti estrias e é para isso que a maioria das consumidoras portuguesas o utiliza. Mas, na sua essência, funciona como um regenerador intensivo da pele. Assim, vai atenuar não só nas estrias, como também as vai prevenir, sendo essa a principal indicação. Mas também atenua as chamadas imperfeições da pele, como manchas, pele envelhecida e pele desidratada. Vai melhorar todos esses problemas e tratar a pele em intensidade. Além disso, também tem a capacidade de atenuar cicatrizes, sendo muito utilizado noutros países para esse efeito. Em Portugal, um mercado onde estamos ainda a entrar e a crescer junto do consumidor, o principal ‘driver’ continuam a ser as estrias”, esclarece a responsável.
O “point of market entry”, segundo a responsável, é a mulher grávida, “porque é precisamente nesse momento que a pessoa começa a desenvolver as estrias e é quando a mulher tem a maior consciência que é um problema que vai afetá-la”. Mas, depois, há uma extensão da utilização de Bio-Oil. “Temos uma base de consumidores que são bastante fiéis à marca, o que é bastante positivo. Tipicamente, são mulheres, entre os 24 anos e os 54 anos, que geralmente entram em contacto com a marca aquando da fase da gravidez”.
Rebranding
Após o lançamento em Portugal, em 2015, com um frasco de 60 mililitros, os sucessivos anos de 2016 e 2017 viram a apresentação de novos formatos, com os frascos de 125 e de 200 mililitros, respetivamente. “As nossas consumidoras, tipicamente mulheres grávidas, usam em grandes áreas e superfícies, como no abdómem e coxas, o que implica um grande consumo do produto em termos de volume. O aumento da embalagem caiu muito bem junto das nossas consumidoras. Mesmo o mercado tem sempre reagido muito bem, porque podíamos ter visto alguma canibalização dos formatos mais pequenos e isso não acontece. Observamos mesmo o crescimento da marca. É sorte nossa, obviamente, que não só continuamos a recrutar o mesmo número de consumidoras, como estamos a levar as consumidoras a subir em termos de formato”, explica Margarida Costa.
Para este ano, a aposta é o rebranding, onde surge com uma imagem mais simples e minimalista. O objetivo é potenciar as credenciais “medicinais” da marca, incluindo mais informações na embalagem para educar as pessoas sobre as propriedades do produto. “O rebranding está relacionado com uma transição completa da marca, precisamente para dar uma aparência mais simples e mais ‘medicalizada’, com mais credibilidade junto da consumidora. Efetivamente, acreditamos que esse é o caminho da marca. O Bio-Oil é um produto que, agora, está muito mais ‘clean’, mais simples, até porque é isso que é a essência da marca e do produto. É um produto muito simples, não tem um preço extremamente elevado para o consumidor e que, na sua simplicidade, acaba por surpreender quem o utiliza”, termina.
Este artigo foi publicado na edição n.º 51 da Grande Consumo.