O Banco Mundial salienta que a crise na cadeia de abastecimento aumentou a distância entre os melhores e os piores países, em termos de atividade logística, o que exige reformas em atividades como a gestão de fronteiras ou portos.
A agência com sede em Washington salienta que após o terramoto da cadeia de abastecimento de 2020 e repetidas réplicas, a logística global provou ser surpreendentemente resiliente. No entanto, as perturbações não pertencem ao passado e o sector enfrenta uma década de transformação impulsionada pela digitalização e sustentabilidade, mas também pela geopolítica. A utilização de instrumentos comerciais na política internacional pode conduzir a novas perturbações na cadeia de abastecimento global, conduzindo à perda de postos de trabalho e a problemas no fornecimento de alimentos, semicondutores ou produtos farmacêuticos.
Outro problema político que está a afetar a cadeia de abastecimento é a incapacidade dos países se alinharem na redução das emissões de gases de efeito estufa, que estão a afetar o ritmo e a natureza do comércio global.
Mais desigualdades
No primeiro relatório pós-Covid sobre a logística global, a entidade aponta que o ranking dos países mais bem preparados para uma logística eficiente não mudou, mas a desigualdade aumentou.
Entre os 139 países analisados, a maioria permanece com a mesma ou até melhorou ligeiramente a sua pontuação. O país mais preparado para a logística internacional é Singapura, seguido da Finlândia e Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça, empatados em terceiro lugar. Atualmente, os piores posicionados na logística global são a Líbia, o Afeganistão, a Somália e o Haiti.
Entre os países com a pior classificação, o Banco Mundial recomenda um maior impulso de infraestruturas. A gestão das fronteiras ou as operações portuárias são as questões em que o documento coloca maior ênfase. Além disso, salienta que podem ser necessários investimentos em vias e infraestruturas de transporte, mas de pouco servem se não forem reforçados por uma melhor gestão dos recursos.
Siga-nos no: