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APED sugere estratégia nacional para pós fim das quotas leiteiras

A Distribuição tem estado na primeira linha do apoio à produção nacional, refere a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição em comunicado. O fim das quotas leiteiras na Europa acontece numa altura em que se prevê, para 2015, um aumento global da produção de 1% coincidindo com o embargo da Rússia à importação de produtos agrícolas da União Europeia a que se junta uma diminuição de consumo de leite e derivados.

Em Portugal, “tal como na Europa, o consumo de leite e produtos lácteos tem vindo a registar quedas acentuadas, estando os consumidores a diminuir o consumo de produtos lácteos em geral. Só nos cinco primeiros meses deste ano os portugueses consumiram menos 5,7% de leite UHT, quando comparado com maio de 2014”, declara a APED.

Em Portugal, o leite tem um papel importante no contexto da agricultura e, em 2013, representou 11,3% da produção agrícola nacional. Nos últimos anos assistiu-se a um reforço e modernização das explorações e unidades industriais.

Ainda de acordo com a associação, “durante 30 anos a existência de quotas leiteiras impediu que o mercado português fosse “inundado” com os excedentes de produção de outros mercados com custos mais competitivos atentas as caraterísticas climáticas mais favoráveis à produção de leite (Centro e Norte da Europa). A abolição destas quotas desde 1 de abril último surge como um desafio importante para todos.

Para a APED, o crescimento do sector através da promoção do leite e de produtos lácteos de valor acrescentado passa pela emergência do desenvolvimento de uma estratégia nacional “para encarar de forma proactiva e positiva o período pós desmantelamento das quotas leiteiras”. Além disso, “cabe ao sector como um todo e ao país encontrarem oportunidades de mercado, de diferenciação e de crescimento que permitam marcar presença à escala global”.

A promoção no mercado externo e o investimento em acordos bilaterais de comércio com mercados emergentes, o investimento na ´marca Portugal´ e a criação de uma organização interprofissional de natureza nacional como ferramenta de auto regulação entre os diferentes elos da cadeia de valor, são alguns dos pontos-chave dessa estratégia.

Para Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da APED, estas propostas “constituem uma oportunidade para o desenvolvimento de toda a cadeia de valor dos lacticínios, para o qual todos estão convocados, incluindo as autoridades públicas e governamentais.

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