Uma nova pesquisa da IGD e do Consumer Goods Forum, apresentada na Global Summit deste órgão agregador das empresas de grande consumo a nível mundial, realizada esta semana em Singapura, apurou que as vendas online de FMCG mais que duplicarão até 2022 nos Estados Unidos da América, enquanto que o mercado de retalho online chinês praticamente quadruplicará no mesmo período.
A pesquisa concluiu que, nos próximos quatro anos, as vendas online de produtos de grande consumo nos Estados Unidos da América crescerão 129%, para passarem a representar 2% do mercado de retalho alimentar norte-americano, e 286% na China, para passarem a ter uma quota de 11,1% das vendas a retalho.
Contudo, apesar desta explosão do e-commerce, metade dos negócios alimentares e de retalho só agora começam a preparar-se para a transformação digital, enquanto 11% ainda nem iniciou esse trabalho.
A IGD inquiriu 223 gestores seniores em 42 mercados e apurou que 78% dos inquiridos acreditam que os shoppers irão usar com maior frequência serviços de comparação de preços online para encontrar o retalhista mais barato. Além disso, 75% considera que mais fabricantes irão vender diretamente aos consumidores através do canal online, ao mesmo tempo que a inteligência artificial permitirá elevar o nível de personalização do cliente. “A inteligência artificial irá ajudar a catalisar a personalização”, afirma Simon Mayhew, online retail insight manager da IGD. “O layout da loja online terá de ser dinâmico e capaz de prever os motivos de compra do cliente. Portanto, se este necessita de uma refeição para o jantar, a homepage irá exibir apenas as soluções relevantes. Quando navega, ele irá ver apenas os produtos e formatos adequados às suas necessidades. Muitos produtos apenas poderão ser comprados online, onde não existem restrições ao espaço de prateleira, e, nas categorias de elevado valor, existirão produtos customizáveis, pelo que o cliente poderá criar o seu próprio champô ou cereais de pequeno-almoço”.
Além disso, o crescimento dos dispositivos inteligentes e assistentes digitais dedicados, como os chatbots, simplificará as compras e torná-las-á mais inspiradoras. “A loja online irá ajudar a evitar que deixemos acabar os produtos. Os clientes irão subscrever entregas regulares dos seus produtos preferidos e a inteligência artificial irá prever quando estes estão a acabar e sugerir uma nova encomenda”.
