A Danone resiste ao primeiro embate do coronavírus com as vendas, no primeiro trimestre, a atingir os 6.242 milhões de euros, 1,7% mais do que no período homólogo de 2019 e mais 3,7% numa base comparável.
O negócio de produtos frescos cresceu 1,7%, para os 3.364 milhões de euros, enquanto que a divisão de nutrição especial elevou as suas vendas em 6,6%, para os 1.949 milhões de euros. Em contrapartida, o negócio de águas contraiu 7,4%, para os 928 milhões de euros.
As vendas da Danone cresceram 2,6% na Europa, Estados Unidos da América e Canadá, para os 3.469 milhões de euros. Nos restantes mercados, ascenderam a 2.772 milhões de euros, num crescimento de 0,5%.
“O primeiro trimestre de 2020 será recordado, por muito tempo, como o momento de uma pandemia sem precedentes, que pode mudar a forma como vivemos e fazemos negócios por um longo período de tempo. Num esforço para limitar o seu impacto imediato na saúde das pessoas, os governos tomaram medidas de encerramento que se traduziram em ondas de congelamentos temporários de oferta e procura na equação económica”, afirma Emmanuel Faber, presidente e CEO da Danone.
“Neste contexto, centramo-nos na continuidade do negócio, garantindo a máxima segurança para os nossos colaboradores, tanto do ponto de vista da saúde, como das receitas. Com os efeitos imediatos e significativos na mudança da procura, as nossas vendas trimestrais cresceram 3,7% em termos comparáveis, mais fortes do que o que tínhamos antecipado, com o lado negativo na China compensado pelo aumento do consumo dos lares na Europa e América do Norte, em março, e categorias de rendimento que se compensam entre si”.
Face ao segundo trimestre, o gestor assinala que as condições da procura e da oferta serão afetadas, ampla e profundamente, pelo bloqueio global, pelo que a Danone decidiu retirar as suas previsões para este exercício, como consequência da falta de visibilidade sobre a evolução da pandemia e das flutuações das divisas.