Um estudo realizado em Espanha pela Mediapost, em colaboração com a Associação de Marketing de Espanha e a Kantar, confirma que, em 2020, a pandemia mudou os hábitos de compras dos consumidores, potenciando o crescimento das compras online. Porém, e apesar do protagonismo ganho pelo e-commerce, o consumidor continua a preferir ver os produtos antes de os comprar, tal como confirmado por 60% dos inquiridos.
Não obstante, apenas três em cada 10 consumidores asseguram que mantêm a mesma frequência de visita aos espaços físicos que antes da pandemia, o que provocou que o gasto médio em cada compra tenha crescido, confirme indicado por 47% dos entrevistados.
Lojas físicas vs e-commerce
Dos consumidores que preferem ver os produtos antes de os adquirir, metade deles argumenta que encontrar facilmente um artigo é o que mais valoriza e 45% continua a apreciar o atendimento personalizado.
Nessa medida, os estabelecimentos que melhor se adequem à situação atual, com novas medidas de higiene e segurança, são positivamente valorizados pelos inquiridos. Entre as novas exigências, 80% indica que gostaria de conhecer o tráfego nas lojas em tempo real.
Como resposta ao confinamento e restrições, o e-commerce esteve ativo e marcou as tendências de compra do ano passado. 70% considera que a loja online foi a solução para as suas compras nos momentos de maiores restrições à mobilidade, com 62% a mostrar-se satisfeito com o atendimento recebido.
De facto, a comodidade de receber os pedidos em casa ou nos pontos de recolha é muito valorizada pelos consumidores, como indicado por 31%. Outras vantagens são o acesso em qualquer momento, sem limitações de horário (21%) e a possibilidade de comparar produtos e preços (15%).
Novas marcas
Nos últimos meses, o consumidor descobriu novas marcas. Esta descoberta aconteceu, principalmente, através dos motores de busca (39,9%), seguidos das recomendações (37,3%), das páginas dos retalhistas (34,5%), dos sites das marcas ou dos produtos (32,3%), dos folhetos e catálogos digitais (31,2%) e dos anúncios nas redes sociais (26,2%).
Neste cenário, 70% tem algumas marcas preferidas e apenas 7% é fiel a uma marca, embora a compre juntamente com outras.