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57% das empresas ficaram aquém dos objetivos em 2020

57% dos gestores inquiridos na mais recente edição do Barómetro Kaizen afirmam que as suas empresas ficaram aquém dos objetivos traçados para 2020. Por outro lado, 25% afirmam ter cumprido as metas definidas, e 18% referem tê-las ultrapassado.

Entre os aspetos do funcionamento da organização que foram mais afetados pelo segundo confinamento, os gestores selecionaram as vendas (56%), a gestão e a motivação dos recursos humanos (39%) e a produtividade (38%).

35% dos inquiridos afirmam que a pandemia fez com que, no primeiro trimestre de 2021, a faturação da sua empresa se situasse entre 5 e 20% abaixo do orçamentado. 11% referem que o contexto levou a que a faturação fosse entre 20 e 50% inferior ao previsto. As empresas geridas por 33% dos inquiridos cumpriram o orçamento. 15% dos inquiridos afirmaram que a faturação da sua empresa ultrapassou o previsto entre 5 e 20%.

O grau de confiança destes gestores na economia nacional é de 10,4, numa escala de 0 a 20, e mantém-se estável em relação ao último inquérito, em junho, sendo ligeiramente superior em relação ao registado em abril de 2020 (8,4).

Os inquiridos atribuem ao Governo uma nota de 9,7, numa escala de 0 a 20, pela gestão da pandemia.

Para responder ao atual contexto e tirar partido da expectável retoma da economia, quase metade dos gestores (45%) afirmam já ter iniciado ou estar a planear a revisão do plano estratégico de 3 a 5 anos da sua empresa.

67% dos inquiridos destacaram a agilidade organizacional como fator-chave para fazer face à retoma e para responder aos novos desafios impostos pelo cliente/mercado; 54% referiram a centralidade do cliente; e 53%, a digitalização dos processos de negócio.

Os resultados deste Barómetro Kaizen ilustram o ano difícil que atravessámos, marcado por uma pandemia e pela crise económica e social, e em que 57% das empresas ficaram aquém dos objetivos delineados. Pela positiva, percebemos que, junto das empresas, está criada a consciência de que a excelência operacional já não garante a liderança; que é essencial somar-lhe a excelência na inovação e nas vendas. Para isso, é necessário, por um lado, um processo estruturado de desdobramento dos objetivos para as diferentes áreas, e, por outro, a incorporação destas metas no quotidiano das equipas”, sublinha António Costa, Senior Partner do Kaizen Institute Western Europe.

 

Competências dos colaboradores

64% dos inquiridos classificam como “médio” o alinhamento de competências dos seus colaboradores face às evoluções tecnológicas, mas afirmam ter um plano de formação e de recrutamento para fazer face à transição digital. Apenas 6% dos gestores inquiridos revelam que a sua empresa não está preparada para a transição digital.

62% dos gestores mencionam, entre as principais prioridades das suas empresas na área de inovação e desenvolvimento, a revisão e aceleração dos planos de desenvolvimento de produtos e serviços. Por outro lado, 41% referem a aposta na investigação de novas tecnologias.

A pandemia veio colocar à prova a capacidade de adaptação das organizações. Destacaram-se aquelas que foram ágeis a transformar as suas operações e oferta de valor. Esta é uma capacidade imprescindível a qualquer organização que queira manter um crescimento sustentável. O impulso para a mudança não se resume a uma pandemia. É dado pelo cliente, com alteração dos seus requisitos, padrões de consumo e necessidades, e pela evolução dos mercados e tecnologias”, acrescenta António Costa, Senior Partner do Kaizen Institute Western Europe.

99% dos inquiridos referiram ainda que o Brexit teve, até agora, um impacto moderado ou nulo na sua empresa. 54% consideraram o impacto nulo; 45%, moderado.

A edição de março do Barómetro Kaizen auscultou 220 gestores de empresas que representam, no seu conjunto, mais de 35% do PIB de Portugal.

Por Bárbara Sousa

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