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5 tendências tecnológicas para observar em 2022

Se bem que vários retalhistas tenham estado em modo de sobrevivência em 2020, 2021 foi um ano de inovação tecnológica para muitos. Para ganhar a atenção dos consumidores, aumentaram a sua presença em plataformas populares, como o TikTok, e adotaram novas capacidades num espaço de tempo relativamente curto.

Com estas iniciativas, beneficiaram as startups de tecnologia para o retalho. Segundo dados da CB Insights até outubro de 2021, citados pela Retail Dive, este montante atingiu, só nos Estados Unidos da América os 26,8 mil milhões de dólares.

O meio especializado no sector do retalho aponta, então, cinco tendências tecnológicas no sector do retalho às quais se deve estar atento, em 2022.

 

Consumidores vão privilegiar cada vez mais a opção compre agora e pague depois

As opções de pagamento faseado podem não ser um fenómeno novo, mas tiveram uma adoção generalizada no ano passado. Permite que os consumidores paguem um produto em montantes menores dentro de um determinado prazo, muitas vezes sem juros. O seu ímpeto, provavelmente, manter-se-á em 2022.

Esta opção de pagamentos é especialmente atrativa para os consumidores mais jovens. Nos Estados Unidos, um em cada cinco recorreu a esta opção nas compras de Natal, de acordo com um inquérito da NerdWallet. Dos inquiridos que o fizeram, 36% são Millennials, 22% da Geração Z, 18% são Geração X e 3% Baby Boomers.

Se a inflação persistir, os consumidores poderão ter ainda mais razões para recorrer aos pagamentos faseados.

 

Comércio social desempenhará um papel crucial nas jornadas de compra

As plataformas de redes sociais aceleraram os esforços para permitir que os consumidores comprem produtos sem sair das mesmas. Estas plataformas têm boas razões para investir em capacidades de compras, já que pouco mais de metade (51%) dos consumidores inquiridos pela NPD em junho de 2021 disse que os conteúdos mostrados no seu feed de Facebook e Instagram os influenciaram a fazer uma compra. Facebook (41%), Instagram (35%) e Pinterest (21%) estão no topo da lista de plataformas onde os shoppers descobrem e aprendem sobre os produtos.

O comércio social tem muito espaço para crescer. A escala registada na China é um reflexo do que poderá ser. Por exemplo, nos Estados Unidos, as vendas de comércio social são quase um décimo das registadas na China, de acordo com dados da eMarketer.

 

As marcas normalizarão o uso da realidade aumentada

Com a menor afluência às lojas, os retalhistas tiveram de descobrir uma forma de fazer com que as pessoas continuassem a descobrir os produtos e, para muitos, a realidade aumentada tornou-se a solução.

Embora a realidade aumentada e a inteligência artificial se tenham tornado mais populares nos últimos anos, os consumidores têm demorado a adotar a tecnologia nos seus hábitos de compra. Em 2020, apenas 20,1% dos consumidores disse ter usado soluções de realidade aumentada ou virtual para testar maquilhagem, indica a Euromonitor.

Mas com o número de marcas a lançar ferramentas e experiências de realidade aumentada a crescer, a adoção do consumidor pode, em breve, recuperar.

 

Live shopping atinge o seu potencial

Embora a ideia de mostrar as qualidades de um produto em frente a uma câmara não seja novidade, o “live shopping” teve um renascimento em 2021. A Coresight Research estima que o mercado atinja, em 2023, os 25 mil milhões de dólares.

Tal como o comércio social, o “live shopping” já é uma indústria multimilionária na China. Estima-se que tenha atingido os 305 mil milhões de dólares, em 2021, de acordo com a KPMG.

 

Pressão para entregar mais rapidamente

No último ano, os retalhistas têm vindo a explorar formas mais rápidas de entregar os produtos às portas dos consumidores. A Walmart, por exemplo, aliou-se à Ford e à startup Cruise para entregas de condução autónoma.

A procura de entregas rápidas também apresenta uma oportunidade para não retalhistas diversificarem as suas fontes de receita, nomeadamente, as empresas de delivery, como a Uber e a Glovo.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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