A agência de branding e comunicação Wonder\Why foi a responsável pela criação da marca Bom Malandro, o novo vinho tranquilo do Douro, que acaba de ser lançado pela Symington Family Estates, e que amplia o portfólio de vinhos tranquilos da conhecida empresa vitivinícola detentora de marcas tão distintas como Altano, Quinta da Fonte Souto e outros.
Bom Malandro apresenta-se, assim, como “um projeto pioneiro de construção de marca no mercado dos vinhos”. Tipicamente, o foco da marca de um vinho recai no nome, na garrafa, no design do rótulo e no contrarrótulo, onde se coloca informação sobre castas, terroir, notas sobre o vinho (aparência, aroma, sabor) e, às vezes, pairing (combinar com que pratos). Feito isto, está acabado o processo de criação da marca. Segue-se a comunicação.
Processo criativo
No caso do Bom Malandro, o processo foi construído de forma inovadora, como se fosse uma série de uma plataforma de streaming. O objetivo apresentava-se como “atingir uma nova geração de exploradores e apreciadores de vinhos. A metodologia foi, por isso, diferente: a estratégia determinou a criação de um nome cénico (Bom Malandro); do nome partiu-se para o protagonista (o esquilo, malandro-mor); do protagonista para as personagens secundárias (pandilha de animais do Douro); destas para o ‘storytelling’ (roubam uvas para fazerem vinho e se banquetearem); o ‘storytelling’ determinou o ‘brand voice’ (vintage, fábula); definido o tom da escrita, criou-se uma ‘backstory’ para cada personagem (são seis). Filosofia da marca: numa época tão politicamente ‘certinha’, como a atual, saber viver implica uma dose de (boa) malandrice, uma qualidade que desperta quando se está à mesa com amigos e um copo de vinho na mão“, detalha a Wonder\Why.
“O objetivo era criar uma marca pioneira de vinho, pelo que aplicámos uma estratégia de criação diferenciada, o que permitiu que todas as etapas do processo acrescentassem valor criativo e relevância ao resultado final, sempre em parceria estreita com a equipa Symington”, afirma Filipa Robalo, sócia-fundadora e CEO da Wonder\Why.
Já Ricardo Miranda, também sócio-fundador e diretor criativo da agência, refere que “no centro da marca Bom Malandro está o vinho, mas como é para uma geração que passa horas em plataformas de conteúdo, criámo-la como se fosse uma série da Netflix: com protagonista, personagens secundárias, enredo, conflito, cenários. Criámos a história de um bando de bons malandros que rouba uvas para fazer vinho e malandragens. Quem sabe um dia não se torna mesmo numa série”.
Imaginário único e distintivo
A partir desta estrutura narrativa, criaram-se as peças do universo da marca: rótulo e contrarrótulo, packaging, “gift case”, site e outras peças ainda em desenvolvimento. Tudo integrado de forma que a comunicação subsequente em imprensa e redes sociais fosse uma consequência natural da identidade da marca: um “afterthought”.
Para dramatizar a visão criativa da marca, recrutou-se o consagrado ilustrador espanhol Luis Mendo, radicado em Tóquio, que desenhou a pandilha em duas cenas emblemáticas da história: o “roubo” das uvas (rótulo do vinho branco) e a fuga do local do “crime” (rótulo do tinto).
“Combater a ditadura da previsibilidade é um dos ‘mottos’ da Symington, pelo que cada novo projeto tem de ter um grau de exigência e de inovação superior. Tanto no vinho, como no branding. Com o Bom Malandro, cortámos o ‘cordão umbilical’ que tipicamente liga as marcas de vinhos às castas e às quintasve construímos uma identidade assente em personagens e ‘storytelling’ para, dessa forma, desafiarmos uma nova geração de apreciadores de vinho a provar o nosso”, considera, por sua vez, Patrícia Vale Lourenço, Marketing Manager de Wine Brands da Symington Family Estates.
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