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Volume de vendas do mercado de comércio a retalho aumentou 73%

A consultora imobiliária Savills Portugal apresenta a evolução do mercado retalhista nacional, destacando na sua análise o crescimento do comércio de rua na cidade de Lisboa e do Porto.

Em 2018,o Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho aumentou 3,9%, menos 0,2 pontos percentuais (p.p) do que em 2017. De notar que, desde 2013, o volume de vendas do mercado de comércio a retalho em Portugal aumentou 73%, refletindo a recuperação da confiança dos consumidores. “O mercado de retalho voltou a ser marcado pelo dinamismo do comércio de rua, que tem registado uma evolução sólida e crescente, atraindo diariamente novos retalhistas e promovendo a abertura de novos conceitos que em muito têm contribuído para a transformação dos principais centros urbanos”, comenta Cristina Cristóvão, diretor de Retail Department da Savills Portugal.

Lisboa e Porto têm sido exemplos de cidades onde o crescimento do comércio de rua tem sido notório. O forte fluxo turístico, que aumenta de ano para ano em ambas as cidades, tem alimentado a procura de mercado e a entrada de novos retalhistas nacionais e internacionais, não demonstrando sinais de abrandamento. Por via da alteração dos hábitos de consumo, da importante influência das novas gerações de consumidores e da introdução de novas inovações e tecnologias, o comércio a retalho tem vindo a sofrer alterações impactantes e a desempenhar um papel fundamental no ritmo das principais cidades portuguesas.

Sector da restauração domina aberturas de lojas de rua

Em 2018, a Savills recolheu uma amostra de 231 novas lojas de rua na cidade de Lisboa. Cerca de 75% das novas aberturas referem-se ao sector da restauração/alimentação. Todas as outras atividades demonstraram um peso residual, com o sector da moda a contabilizar 9% das novas aberturas. De entre as marcas que abriram novas lojas, em 2018, destacam-se My Auchan, Padaria Portuguesa, Selfish, Loja das Conservas, A Cantina do Zé Avillez, CrossFit Move on, Jamie’s Italian, H3, Santini, Berenice, Ground Burguer, Go Natural, Casa Lisboa, Local, FitnessPark, Caos, OKAH, H3 Express, OMEGA, Electric Tiger, VANS, Minipreço e Wells.

Em 2018, a zona prime do Chiado registou uma renda prime na ordem dos 140 euros/metro quadrado/mês e a zona da Baixa de Lisboa situou-se nos 130 euros/metro quadrado/mês, prevendo-se que estes valores registem uma subida em 2019, motivada pela pressão da procura e inexistência de oferta.

O Cais do Sodré e toda a renovada zona ribeirinha continuam igualmente a marcar o seu perfil de comércio, afirmando-se cada vez mais como eixos de oferta de retalho consolidados, que oferecem conceitos inovadores, fortemente direcionados para o sector da restauração e para a presença de algumas marcas de moda mais alternativas.

No Porto, abriram diversas novas lojas, com marcas como a Eleven Lab Concept, Brasileira, Bae, Hagen Dazs e Gossy. À semelhança da cidade de Lisboa, o Porto tem registado uma elevada procura muito direcionada também para os sectores da restauração e moda, muito impulsionados pelo aumento do turismo na cidade e por uma atividade mais dinâmica de promoção de novos projetos imobiliários que trazem mais habitantes e trabalhadores ao centro da cidade.

Ainda que esteja abaixo da média europeia, o comércio eletrónico em Portugal tem crescido gradualmente de ano para ano. O e-commerce apresenta uma grande margem de crescimento e assume-se atualmente como um canal de vendas complementar à experiência em loja. O novo perfil do consumidor que privilegia um conhecimento completo do produto de forma rápida e criativa tem conduzido mais retalhistas a adotar novas estratégias de modernização e melhoria da experiência em loja.

Por Bárbara Sousa

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