Este ano, as compras na Black Friday revelaram-se mais fracas do que em 2021. Portugal conseguiu contrariar a tendência, tendo sido o terceiro país europeu que mais transações realizou. Com a inflação a subir um pouco por toda a Europa e a recessão económica na zona euro a fazer-se sentir, os europeus retraíram-se nas compras e o volume de transações foi menor na generalidade dos países.
Os fatores económicos desfavoráveis à generalidade da Europa não demoveram os portugueses de aproveitar o período de descontos. Comparativamente com o ano anterior, as compras na Black Friday aumentaram 7% em Portugal. Na República Checa, o aumento do volume de compras estabeleceu-se 27% acima do registado na semana homóloga, assim como na Turquia, onde as transações aumentaram 24%.
Por sua vez, Alemanha e Itália viram o volume de transações 1% mais baixo do que em 2021. Já os países da Grã-Bretanha e a Hungria sentiram, este ano, uma diminuição de compras de menos 3%.
O que mais se vendeu na Black Friday
O estudo da GfK revela ainda quais os maiores interesses dos consumidores. Por toda a Europa, a tendência na aquisição de “gadgets” e material tecnológico mantém-se em crescente. A contínua aposta nos modelos de trabalho remoto e híbrido promove o interesse dos consumidores em adquirir mais eletrodomésticos, equipamentos tecnológicos e de entretenimento.
Em Portugal, durante a Black Friday, os produtos com maior aumento de vendas foram as consolas de jogos (mais 68% face à semana homóloga), seguindo-se as ferramentas de software (mais 35% face à semana homóloga). Também as máquinas de lavar roupa, tablets e máquinas de bebidas viram o seu valor de vendas aumentar em 19%, 19% e 18%, respetivamente, face à semana homóloga.
O cenário é semelhante noutros países europeus. Na Alemanha, por exemplo, mini colunas de som e colunas foram os equipamentos com maior variação nas vendas em valor (mais 52% e mais 43%, respetivamente, face à semana homóloga). Em França e Espanha, as colunas de som também estão no topo das listas com crescimentos acima dos 20% face à semana homóloga. Em Itália, os produtos com maior crescimento foram tablets (mais 44% face à semana homóloga).
