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Vendas da Sonae crescem 6%

A Sonae prosseguiu com o crescimento no terceiro trimestre, com o volume de negócios consolidado a elevar-se 6%, para os 1.773 milhões de euros, suportado pelo forte contributo da Sonae MC e da Worten, conduzindo, também, a um crescimento de 6% no período de janeiro a setembro, para 4.908 milhões de euros.

O EBITDA subjacente aumentou 9%, para os 177 milhões de euros, com a margem a crescer 0,2 pontos percentuais, para 10%. Esta performance é explicada, uma vez mais, pelos fortes desempenhos da Sonae MC e da Worten, o que permitiu à Sonae manter, no final dos primeiros nove meses de 2020, o valor do EBITDA subjacente registado o ano passado, apesar da desconsolidação de dois centros comerciais “core”, (consequência da transação Sierra Prime) no primeiro trimestre e do impacto negativo do período de confinamento no segundo trimestre. Numa base pró-forma, excluindo os ativos do Sierra Prime no terceiro trimestre de 2019, o EBITDA subjacente da Sonae teria aumentado 14%, em termos homólogos.

De acordo com o comunicado enviado às redações, o portfólio do grupo empresarial português demonstrou resiliência, com todos os negócios a evidenciarem desempenhos acima do mercado, apesar do contexto desafiante causado pela pandemia. As vendas online dos negócios integralmente consolidados pela Sonae duplicaram nos primeiros nove meses de 2020, face ao período homólogo, e representaram mais de um terço do crescimento de vendas. “Neste contexto de pandemia, a Sonae continuou a mostrar um desempenho muito resiliente, impulsionado por um conhecimento único dos nossos clientes, uma rápida resposta na frente digital dos nossos negócios e uma capacidade de todo o grupo de inovar e de se adaptar rapidamente às circunstâncias em mudança”, analisa Cláuda Azevedo, CEO da Sonae. “A Sonae MC reforçou a sua posição de liderança em Portugal, alicerçada nas vantagens do cartão Continente (que continuou a proporcionar novos benefícios e funcionalidades numa oferta cada vez mais digital e personalizada), bem como na capacidade para escalar rapidamente as entregas do Continente Online e reforçar a sua posição como principal operador de e-commerce alimentar do país. A Worten também continuou a ganhar quota de mercado em Portugal, sustentada por uma abordagem omnicanal de excelência e por múltiplas iniciativas digitais, tendo atingindo, pela primeira vez, uma quota de mercado online superior à offline. Na Sonae Sierra, os centros comerciais mantiveram-se sob pressão, mas começaram a recuperar visitantes e vendas, tendo a equipa trabalhado em conjunto com os lojistas no sentido de encontrar soluções criativas de maximização das vendas offline e online. As lojas da Sonae Fashion e da ISRG reabriram e mostraram sinais encorajadores, enquanto as vendas online se mantiveram em níveis recorde, em particular na MO, com as máscaras inovadoras MOxAd-Tech a impulsionarem as vendas online e internacionais”.

Fruto do desempenho operacional, o resultado líquido da Sonae atribuível aos acionistas aumentou 2%, no terceiro trimestre face período homólogo do ano passado, atingindo 51 milhões de euros. De janeiro a setembro, o resultado foi principalmente influenciado pelo total de contingências contabilísticas registadas no primeiro trimestre e pela redução da valorização do portfólio da Sonae Sierra no segundo trimestre, ambas diretamente relacionadas com a Covid-19.

 

Sonae MC cresce 10%

De janeiro a setembro, o volume de negócios da Sonae MC cresceu 10%, para os 3,8 mil milhões de euros, e o “like for like” ultrapassou os 7%, beneficiando, sobretudo, dos efeitos de açambarcamento que se verificaram no início do período e da redução do consumo fora de casa durante o confinamento, já que o crescimento das vendas no terceiro trimestre foi penalizado por um verão mais fraco, mas ainda assim a um ritmo muito sólido: 7,4% e 4,8%, numa base anual e em termos comparáveis, respetivamente.

Esta evolução é explicada principalmente pelo desempenho “robusto” tanto dos hipermercados como dos supermercados, bem como pelo comportamento “sem precedentes” do negócio online, que já regista uma taxa de crescimento anual elevada de dois dígitos.

 

Quota de mercado online da Worten já ultrapassa a do offline

Por sua vez, a Worten cresceu 4,3%, de janeiro a setembro, com quota de mercado online já a ultrapassar a offline. Alavancando as lojas físicas e a online e o seu marketplace, para ampliar ainda mais a sua oferta, a Worten duplicou o volume de vendas online face a 2019.

De acordo com o comunicado, as vendas das lojas também mostraram resiliência, uma vez que, apesar das restrições no número de visitantes, a conversão e o ticket médio melhoraram.

Tal como no segundo trimestre, as tecnologias de informação e os pequenos eletrodomésticos continuaram com uma elevada procura, impulsionando o crescimento das vendas. Como tal, de janeiro a setembro, a Worten atingiu um volume de negócios de 775 milhões de euros.

 

Sonae Fashion vê online mais do que duplicar

Num trimestre ainda com uma forte pressão negativa nas vendas do sector da moda, a Sonae Fashion foi capaz de aumentar a sua quota de mercado. O desempenho das vendas entre as várias marcas e categorias foi distinto, refletindo diferentes posicionamentos de preço, dependência de tráfego nos centros comerciais e procura de itens essenciais. O canal online mais do que duplicou o seu desempenho, no terceiro trimestre, face ao homólogo de 2019.

A Sonae Fashion registou um crescimento de vendas comparáveis de 12% e uma redução de 3% do volume de negócios no terceiro trimestre. No final dos primeiros nove meses de 2020, o volume de negócios foi de 232 milhões de euros, 16,6% abaixo de 2019.

 

ISRG triplica vendas online

Para a ISRG, o segundo trimestre foi marcado pela reabertura de todas as lojas na Península Ibérica, a partir de meados de maio, e pelo foco na recuperação do impacto do confinamento. Com as lojas físicas ainda com algumas restrições, o volume de negócios total apresentou uma queda de 7% no trimestre, apesar do desempenho expressivo da operação online, que triplicou em termos homólogos.

 

Centros comerciais com resultado afetado pela pandemia

A Sonae Sierra registou tendências operacionais positivas durante o terceiro trimestre, embora ainda abaixo dos níveis pré-pandémicos. Tanto as vendas dos lojistas como o número de visitantes mostraram sinais de recuperação, com as vendas em setembro e o número de visitantes 14% e 22%, respetivamente, abaixo do ano passado, e com Itália e Espanha a registarem os desempenhos mais fortes de todo o portfólio. Adicionalmente, a taxa de ocupação no portfólio europeu manteve-se estável em 96,4%.

À semelhança do 2T, o resultado direto do período foi negativo em 2,8 milhões de euros, refletindo o impacto da lei de arrendamento introduzida em Portugal e os descontos acordados com lojistas nas restantes geografias, principal impulsionador da redução de 40% das receitas de rendas desde o início do ano.

 

NOS com recuperação no terceiro trimestre

Para a NOS, o terceiro trimestre foi ainda um período marcado pelos impactos da pandemia nos resultados operacionais e financeiros, embora menos expressivos em comparação com o segundo trimestre. Os efeitos das restrições foram sentidos no segmento de telecomunicações, com a queda de receitas de roaming, mas sobretudo no segmento de cinema e audiovisuais, com o número de espectadores ainda baixo, uma vez que a reabertura de salas de cinema apenas ocorreu em julho.

Este cenário resultou numa diminuição das receitas de 6%, no terceiro trimestre, e de 7%, entre janeiro e setembro, para 347 milhões de euros e 1.014 milhões de euros, respetivamente. O resultado líquido da NOS diminuiu 7,9% para 44,1 milhões de euros no  terceiro trimestre.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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