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Vendas da Fnac na Península Ibérica caem 1,6%

Portugal com crescimento

FNAC

A Fnac Darty, que anunciou há poucos dias a aquisição da MediaMarkt Portugal à Ceconomy, fechou o primeiro trimestre do ano com um volume de negócios de 155 milhões de euros na Península Ibérica, o que representa um decréscimo de 1,6% face ao mesmo período de 2022.

O grupo francês explica que a atividade na região teve uma componente mista, ao longo do primeiro trimestre, com uma quebra nas vendas em Espanha e um ligeiro aumento em Portugal. “Em Espanha, a inflação e a subida das taxas de juro pesaram fortemente sobre o poder de compra das famílias e exacerbaram a pressão concorrencial. No entanto, o grupo conseguiu manter a sua quota de mercado graças à atratividade da sua oferta e à qualidade da sua base de clientes”, refere em comunicado. Por outro lado, em Portugal, a procura manteve-se dinâmica, com um forte impulso nos produtos editoriais e nas categorias de diversificação.

 

Omnicanalidade representa quase 50%

No conjunto do grupo, a Fnac Darty destaca a boa resiliência das vendas, num ambiente desafiador, com receita do primeiro trimestre a atingir os 1.781 milhões de euros. “No primeiro trimestre, o nosso desempenho, com a estabilidade do nosso volume de negócios e da nossa margem bruta, demonstra a nossa capacidade para nos adaptarmos e responder às novas exigências dos nossos consumidores e para lhes aportar valor, num contexto de pressão sobre o poder de compra”, declara Enrique Martinez, diretor geral da Fnac Darty.

No decurso do primeiro trimestre, as vendas em loja progrediram de um modo positivo, enquanto a atividade digital normalizou, passando a representar 22% do total das vendas do grupo. A omnicanalidade continua a ser um dos pontos fortes do grupo e representa mais de 49% do total das vendas online.

 

Categorias de diversificação em crescimento

Durante o primeiro trimestre, e dando continuidade à tendência observada em 2022, o grupo registou uma quebra nas suas vendas de eletrodomésticos associada a uma queda acentuada nos volumes, em particular nos grandes domésticos, parcialmente compensada pelos aumentos de preços.

Os produtos técnicos também estão em declínio, com tendências contrastantes entre a forte dinâmica do som, telecomunicações e fotografia, compensada pelo declínio acentuado dos computadores, que se beneficiaram da forte necessidade de equipamentos em conexão com a crise sanitária, e, em menor grau, a dos televisores, na ausência de grandes inovações tecnológicas.

Os produtos editoriais continuaram a registar um forte crescimento das vendas, impulsionado pelo tráfego sustentado nas lojas, particularmente em livros (incluindo banda desenhada e manga), vinil e jogos, com o aumento muito forte das vendas da PS5 no trimestre.

As categorias de diversificação continuaram a crescer, impulsionadas principalmente pela mobilidade urbana, jogos de tabuleiro para adultos e produtos recondicionados no mercado. Finalmente, os serviços continuaram a crescer na maioria das áreas, e beneficiaram do desenvolvimento contínuo de assinaturas para a oferta Darty Max e da recuperação na bilhética.

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