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A Unilever anunciou a aquisição da Wild, uma marca de cuidados pessoais sediada no Reino Unido, conhecida pelos seus desodorizantes naturais e recarregáveis.
Embora os termos financeiros do acordo não tenham sido oficialmente divulgados, estima-se que a transação avalie a empresa em cerca de 230 milhões de libras esterlinas, aproximadamente 275 milhões de euros.
Fundada, em 2020, por Charlie Bowes-Lyon e Freddy Ward, a Wild rapidamente conquistou o mercado com uma oferta sustentável. O portefólio da marca inclui desodorizantes, bálsamos labiais, géis de banho e sabonetes líquidos, todos formulados com ingredientes de origem vegetal e apresentados em embalagens reutilizáveis e livres de plástico.
Crescimento acelerado e rentabilidade em apenas três anos
O crescimento da Wild tem sido notável. Em 2023, a empresa registou um aumento de 77% nas receitas, atingindo os 46,9 milhões de libras esterlinas, cerca de 55,8 milhões de euros, tendo ainda alcançado o seu primeiro lucro antes de impostos, no valor de 509 mil libras, aproximadamente 605 mil euros.
Fabian Garcia, presidente da divisão de Cuidados Pessoais da Unilever, destacou que “a abordagem inovadora da Wild em formulações e embalagens, aliada ao marketing focado em redes sociais, tornou a marca uma adição perfeita ao nosso portfólio de cuidados pessoais”.
Charlie Bowes-Lyon, cofundador da Wild, mostrou-se entusiasmado com a nova etapa. “A nossa missão de remover plásticos de uso único da casa de banho com produtos de cuidados pessoais desejáveis e inovadores será significativamente fortalecida ao aproveitar a experiência, escala e alcance da Unilever para expandir a marca e levar a nossa visão a mais consumidores”.
Uma tendência global: multinacionais apostam em marcas sustentáveis
A aquisição da Wild insere-se numa estratégia mais ampla das grandes multinacionais do sector da beleza, que procuram incorporar marcas sustentáveis e inovadoras nos seus portefólios. É o caso também de outras operações recentes no sector, como a aquisição da K18 e da Minimalist pela própria Unilever, a compra da Aesop e da Dr.G pela L’Oréal e da DECIEM e da Tom Ford Beauty pela Estée Lauder Companies.
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