O United Nations Global Compact (UNGC), através da sua plataforma dos oceanos, acaba de criar uma rede internacional de aceleração para promover o desenvolvimento de soluções tecnológicas que fomentem a sustentabilidade dos oceanos.
Esta iniciativa que será coordenada pelo UNGC, desenvolverá o seu trabalho durante os próximos 24 meses, com a apresentação dos primeiros resultados prevista para junho de 2020, durante a Conferência dos Oceanos da ONU, que decorrerá em Lisboa.
Os fundadores da Ocean Accelerator Network são entidades que atuam de forma complementar nas áreas de inovação e de tecnologia para a sustentabilidade nos oceanos. As entidades fundadoras selecionadas foram o CEiiA (Portugal), a Envisible (EUA), o Katapult Ocean, (Noruega) o MIT (EUA), a Sea Ahead (EUA) e a Startup Chile (Chile). Até ao final de 2019, serão envolvidas mais três entidades: uma do Japão, outra de Singapura e uma da África do Sul.
Nesta rede, o CEiiA terá a responsabilidade pelo processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços, enquanto as suas parceiras ficaram com responsabilidades associadas com análise de mercados, identificação de problemas, desenvolvimento de modelos de negócio, entre outras tarefas.
Ao longo destes 24 meses, esta rede internacional pretende fomentar uma dinâmica de trabalho colaborativo envolvendo empresas, universidades, jovens empreendedores e startups em torno do desenvolvimento e implementação de soluções de negócio específicas para os oceanos, tendo por base a sustentabilidade e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Erik Giercksky, responsável pela plataforma Sustainable Ocean Business da ONU, afirma que “a criação de uma rede internacional de aceleração de inovação é determinante para a ligação do sector privado ao mundo académico e ao universo de empreendedores e startups e que seguramente os esforços conjuntos serão muito interessantes e positivos para um oceano mais sustentável, de acordo com a Agenda 2030 da ONU”. Acrescenta ainda que “o envolvimento do CEiiA será determinante para o êxito desta iniciativa, não só pelas competências de engenharia e desenvolvimento de produto, mas também por um histórico de trabalho colaborativo e de criação de ecossistemas de inovação e na apresentação de resultados disruptivos já na conferência dos Oceanos de 2020 da ONU, em Lisboa”.
Para José Rui Felizardo, CEO do CEiiA, “a participação na plataforma Sustainable Ocean Business representa o reconhecimento do trabalho do nosso país e, em particular, do CEiiA, na área dos oceanos e permitirá criar novas oportunidades de negócio para a tecnologia desenvolvida, em Portugal”.