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Transformação digital pode fazer crescer a economia da União Europeia em 2,8 triliões de euros

Foto Shutterstock

Em 2021, a Comissão Europeia anunciou o caminho para a Década Digital, uma visão para a transformação digital da Europa até 2030, que se divide em quatro áreas — competências, infraestruturas, Governo e empresas — com métricas-chave para desafiar e monitorizar o progresso.

Com o objetivo de compreender qual a melhor forma de trabalhar em conjunto para ajudar a Europa a desbloquear as suas ambições digitais, a Amazon Web Services (AWS) encomendou à Public First a realização do estudo “Unlocking Europe’s Digital Potential”, que indica que a Década Digital poderá desbloquear mais de 2,8 triliões de euros em valor acrescentado bruto (VAB), a medida do valor dos bens e serviços produzidos na economia da região, o que equivale a quase 21% da economia atual da União Europeia.

O estudo salienta que 55% do ganho estimado do VAB depende da computação na Cloud. Em vez de comprar, possuir e manter centros de dados e servidores, de acordo com as suas necessidades, as organizações podem melhorar a sua capacidade de processamento, armazenamento, gestão de bases de dados e outros serviços na Cloud.

 

Metas

O potencial de 2,8 triliões de euros em VAB compreende 1,3 triliões de euros que a União Europeia já está em vias de atingir, mais 1,5 triliões de euros se o progresso digital for acelerado. Se tal não acontecer, a União Europeia alcançará apenas 45% do potencial do VAB da Década Digital.

Ao atual ritmo de progresso, a realização do objetivo digital completo da União Europeia só será atingida em 2040, 10 anos depois do previsto.

Gerar este valor exige que os sectores privado e público unam esforços para acelerar a adoção de competências e tecnologias digitais, tais como as tecnologias de Cloud. A AWS, em linha com os objetivos europeus, e recorrendo à sua experiência, pode, até 2025, ajudar 29 milhões de pessoas em todo o mundo a melhorar as suas competências técnicas com formação gratuita em computação na Cloud.

A União Europeia está a fazer bons progressos em direção a alguns dos objetivos da Década Digital. Por exemplo, está no caminho para atingir o seu objetivo de duplicar o número de unicórnios, startups privadas avaliadas em mais de mil milhões de dólares, até 2030. Também está a fazer progressos no sentido de digitalizar 100% dos serviços públicos essenciais e é provável que cumpra o seu objetivo de disponibilizar gigabits e 5G para conectividade à Internet, para todos e em todo o lado.

 

Acelerar a transformação digital

Em 2021, a União Europeia tinha mais de 200 unicórnios, o dobro de 2017, e este número está no bom caminho para duplicar novamente, até 2030. No entanto, muitas empresas europeias ainda não adotaram a utilização das tecnologias disponíveis, incluindo a Cloud. Digitalizar a economia global impulsionaria o crescimento em 20%, o que é 8,5 vezes o valor do crescimento do sector tecnológico da União Europeia.

O relatório também revela que poucas empresas europeias adotaram tecnologias fundacionais, como a Cloud (26%), a inteligência artificial (25%) e Big Data (14%).

Ao utilizar serviços baseados na Cloud, por exemplo, de gestão da relação com o cliente (CRM), as empresas podem aumentar a produtividade empresarial em 10/25%.

Se as empresas da União Europeia acelerassem a sua adoção da Cloud, utilização de inteligência artificial e de Big Data em 10%, acrescentariam 370 mil milhões de euros em VAB à economia da União Europeia, um montante maior do que a indústria de serviços financeiros da União Europeia.

 

Colmatar o fosso de competências

Embora a maioria dos europeus possua competências digitais básicas, subsistem diferenças significativas entre países, com a proporção da população que atinge competências digitais básicas a variar entre 29% e 79%. Nos últimos cinco anos, a melhoria das competências digitais básicas e o aumento do número de mulheres em funções de tecnologia da informação e comunicação (TIC) tem sido lenta. A este ritmo, o objetivo da Comissão Europeia de que 80% da população da União Europeia atinja as competências digitais básicas, até 2030, é pouco provável que seja atingido – ficar-se-á pelos 61%.

A escassez de competências digitais está a impedir o desenvolvimento de mais empresas digitalmente avançadas. 79% das empresas vê as competências digitais como importantes ou essenciais, subindo para 93% entre as empresas “digitally intensive” (empresas que utilizam um elevado nível de tecnologia digital, como alta taxa de colaboradores que utilizam a Internet, elevado número de especialistas em TIC ou de interações online com os clientes).

Entre as “digitally intensive”, a escassez de competências digitais abrandou o crescimento de 40% das empresas, aumentou os custos em 33% e abrandou o desenvolvimento de novas tecnologias em 35%.

Cumprir o objetivo da União Europeia de 20 milhões de especialistas em TIC, sem melhorar a inclusão de mulheres nesta área, até 2030, será um desafio. Com base nas tendências atuais, em 2030, menos de 25% dos especialistas em TIC serão mulheres.

 

Aceder a infraestruturas e apoiar a sustentabilidade

A União Europeia está no bom caminho para cumprir os seus objetivos de conectividade, com 59% dos lares cobertos por redes de muito alta capacidade (VHCN) fixas, mas para apoiar o desenvolvimento de tecnologias como a computação de ponta, que permite o processamento e o armazenamento de dados mais perto da fonte, será necessário maior investimento.

A par da transformação digital, a outra mudança estrutural importante que as economias da União Europeia enfrentarão, na década de 2020, será a transição para uma economia descarbonizada. Uma maior utilização da tecnologia digital desempenhará um papel essencial no apoio a esta mudança.

Mais de 40% dos consumidores e mais de 50% das empresas escolheram a Internet mais rápida e fiável como a sua principal prioridade, em comparação com melhores estradas, caminhos-de-ferro e aeroportos.

Entre as empresas europeias, 89% concordou que a sustentabilidade manter-se-á ou crescerá como fator de peso nas decisões das empresas. No entanto, 44% das empresas, particularmente PME, não está confiante de que dispõe de ferramentas digitais adequadas para monitorizar e melhorar a sustentabilidade.

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