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Trabalho temporário com menos 16.800 colocações no último trimestre de 2020

A APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos  e o ISCTE acabam de divulgar os dados do Barómetro do Trabalho Temporário, relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2020. Em termos de totais, a quebra verificada no número de colocações, durante o quarto trimestre de 2020, face ao mesmo período do ano anterior, situa-se nos -5% (111.510 em 2019 versus 94.710 em 2020).

O índice de trabalho Ttemporário (índice TT), por seu turno, também teve uma quebra significativa ao longo dos meses que constituíram o quarto trimestre de 2020, quando comparados com o período homólogo do ano anterior.

Se se considerar apenas o ano de 2020, o índice TT registou o valor mais baixo da série em maio (0,50) e, desde então, tem sido assinalada uma recuperação consistente.

 

Trabalhadores temporários

Em termos de caracterização dos trabalhadores temporários, verificou-se uma quebra gradual da proporção de contratos celebrados com trabalhadores do género feminino, ao longo dos três últimos meses do ano. Se, em outubro, o valor foi de 46,5%, registando uma melhoria em relação aos 45,4% de setembro, desde então, a tendência foi de quebra, ao passar para 45,8%, em novembro, e 44,9%, em dezembro.

No que concerne à distribuição etária, à exceção de novembro, em que os valores foram ligeiramente inferiores, em outubro e dezembro, cerca de 48,8% dos trabalhadores tem idade inferior a 30 anos: aproximadamente 28% está entre 16 e 24 anos, enquanto cerca de 20% entre 25 e 29 anos.

O ensino básico é o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (66,1% em outubro, 67,6% em novembro e 67,8% em dezembro), seguindo-se o ensino secundário (26,9% em outubro, 25,3% em novembro e 24,8% em dezembro).

No último trimestre de 2020, as empresas que recorreram mais ao trabalho temporário operavam no sector da Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis (nos três meses em análise, sempre acima dos 15% no total dos contratos celebrados). As restantes áreas de atividade a fechar este top 3 são o Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições e a Fabricação de artigos de matérias plásticas” A única exceção é o mês de outubro, em que o último lugar do pódio foi entregue ao sector da Tecelagem de têxteis.

No que diz respeito à distribuição do trabalho temporário por principais profissões, a categoria de Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes, Outras profissões elementares e Trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares”destacaram-se ao longo do período já referido.

Evolução

Historicamente, sempre que estamos perante uma crise, seja ela qual for, os trabalhadores que têm vínculos mais flexíveis são sempre mais afetados. E, mais concretamente, as áreas de atividade que normalmente se socorrem desta tipologia de trabalhadores, como a hotelaria, o turismo ou o sector automóvel, acabam também por ser as mais fustigadas. Desde o primeiro confinamento, em março de 2020, cerca de 108 mil pessoas que tinham um contrato de trabalho temporário perderam o seu emprego, porém, ao longo do resto do ano, tal como confirmam os números do último trimestre, os indicadores de colocações têm subido de forma consistente”, considera Afonso Carvalho, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH).

No entanto, é também a flexibilidade deste tipo de vínculos que, sobretudo em contextos tão difíceis como o atual, dá às empresas uma maior margem para contratar mediante as necessidades, acabando por contribuir significativamente para a redução dos números do desemprego. E é precisamente com este foco que preparámos um documento, já apresentado ao Governo, no qual identificamos algumas medidas que consideramos fundamentais para melhorar as condições de empresas e trabalhadores no que respeita ao trabalho temporário”, conclui o responsável.

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