Uma pesquisa recente, conduzida por especialistas da Robert Walters Portugal, revelou as principais tendências de talentos, destacando o papel da Geração Z ao entrar no mercado de trabalho.
A força de trabalho testemunhará uma mudança, à medida que os funcionários da Geração Z ultrapassarem o número de Baby Boomers. Como tal, as indústrias estão a ser aconselhadas a abordar proativamente as necessidades desta geração emergente para garantir o seu sucesso no futuro.
Principais conclusões
O estudo destaca que 23% da força de trabalho global será da Geração Z até ao final de 2024, um grupo que prioriza a preferência pelo trabalho remoto/híbrido, acelera o desenvolvimento de carreira e coloca o foco na tecnologia ao procurar uma função. De facto, segundo a pesquisa, nove em cada 10 profissionais veem o trabalho remoto/híbrido como a maior alavanca na hora de escolher uma função.
O estudo aponta ainda que 57% da Geração Z deixaria uma função devido à falta de oportunidades de desenvolvimento. Experiente em tecnologia, é apontada como a geração mais disruptiva até agora e fará as maiores mudanças no local de trabalho com as suas diferentes abordagens e prioridades da vida profissional. “Ao recrutar um candidato da Geração Z, o que é fascinante sobre o mesmo é a sua abordagem holística do emprego. Não estão apenas preocupados com as tarefas que irão realizar, mas também com a cultura da empresa e com o quão comprometidos estão em defender um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A flexibilidade e a autonomia no local de trabalho são primordiais para eles, uma vez que valorizam um equilíbrio saudável entre a vida profissional e a vida privada e a capacidade de expressar a sua criatividade e individualidade da forma que entenderem”, comenta Susana Costa, head of Finance, HR & Legal da Robert Walters Lisboa.
Desenvolvimento de carreira acelerado
Ao contrário das gerações anteriores, a Geração Z não é movida apenas por incentivos financeiros ou planos de carreira tradicionais. Em vez disso, é atraída para posições que lhe permita aprender e crescer. “As empresas precisarão de mudar e de adaptar a sua proposta de valor e processos de recrutamento para se alinharem com o que é importante para a Geração Z. Os empregadores precisam ter certeza de que oferecem a esta geração oportunidades para desenvolver as suas habilidades“, acrescenta Susana Costa.
Os profissionais da Geração Z são nativos digitais, navegando sem esforço no cenário em constante evolução da tecnologia e dos media. Abraçar a sua experiência e incorporar soluções digitais inovadoras no local de trabalho é, de acordo com a Robert Walters, crucial para manter a relevância. “Em essência, quando encontramos um candidato da Geração Z, encontramos um indivíduo dinâmico que não está apenas a procurar um cargo, mas uma função alinhada com os seus valores, que ofereça oportunidades de crescimento, promova um ambiente favorável e inclusivo, enquanto utiliza plenamente a tecnologia disponível“.