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TikTok impõe nova pressão ao retalho europeu com ascensão meteórica entre os mais jovens

Plataforma chinesa ultrapassa os 70% de utilização diária entre os jovens

O TikTok já não é apenas um espaço de dança e vídeos virais. Está a tornar-se um player central no ecossistema de consumo digital, sobretudo entre as novas gerações.

De acordo com a mais recente edição do SMI Barometer, realizada pela Arteveldehogeschool e pela federação belga Comeos, 71,5% dos jovens belgas entre os 16 e os 24 anos utiliza o TikTok todos os dias, um salto dramático face aos 9% registados há apenas cinco anos.

Este crescimento desafia diretamente o sector do retalho, sobretudo no que toca à forma como os consumidores descobrem e decidem o que comprar, mesmo que a plataforma ainda não funcione como canal direto de vendas em larga escala.

 

Novo modelo de influência no retalho

Embora o TikTok continue a ser, por agora, mais uma plataforma de inspiração do que um canal de venda direta, o sector já está a sentir pressão para se adaptar a um modelo de retalho mais fragmentado, emocional e viral.

“Com a ascensão pouco provável do TikTok, os retalhistas estão a sentir a pressão de um novo modelo de retalho emergente”, resume a RetailDetail.

As marcas que antes apostavam numa presença forte no ponto de venda ou em publicidade tradicional estão agora a ser forçadas a considerar narrativas curtas, autênticas e visuais, otimizadas para um algoritmo onde o que se destaca não é necessariamente o que vende, mas sim o que emociona ou diverte.

 

Instagram ainda lidera

O relatório sublinha que, apesar do Instagram ainda ser a plataforma dominante na Bélgica, o crescimento do TikTok está a ser exponencial e transversal a géneros e perfis. O que começou como uma rede de raparigas adolescentes tornou-se num fenómeno transversal a todos os jovens adultos. E, à medida que mais plataformas tentam replicar a fórmula (como o YouTube Shorts ou o Instagram Reels), o TikTok mantém a liderança da inovação.

A crescente influência do TikTok obriga os retalhistas a repensarem o seu papel: continuar a investir em presença física e campanhas clássicas ou apostar num modelo mais ágil, digital-first e colaborativo com criadores? Com os consumidores mais jovens a descobrirem produtos e marcas através de scrolls e sons virais, a pressão está a aumentar. Não é apenas uma questão de presença na plataforma, mas de relevância cultural e capacidade de adaptação.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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