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32% dos consumidores portugueses utiliza inteligência artificial para realizar compras

Estudo Adyen Index: Retail Report 2025 revela que a Geração Z é o principal grupo a utilizar esta ferramenta nas suas compras

Foto Shutterstock

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O número de consumidores portugueses a utilizar ferramentas de inteligência artificial (IA) nas suas compras tem vindo a aumentar. Esta é a conclusão do estudo Adyen Index: Retail Report 2025 que revela que já há 47% dos consumidores a optar por utilizar estas ferramentas.

Num inquérito realizado a 41 mil consumidores em 28 países, incluindo Portugal, 10% dos portugueses inquiridos afirma ter utilizado a inteligência artificial, pela primeira vez, nos últimos 12 meses para melhorar a sua experiência de compra e mais de metade (52%) mostra-se recetivo à utilização futura desta tecnologia para realizar compras. No entanto, 32% indica utilizar atualmente a IA para realizar compras.

A maioria dos inquiridos (54%) considera que teve uma experiência positiva, com a IA a inspirá-los no momento da compra de vestuário, refeições e outros produtos. Apenas 6% afirma obter as melhores ideias para novos produtos quando utiliza a tecnologia. Mais de metade (53%) revela querer utilizar a IA para encontrar marcas únicas, uma oportunidade para as marcas apostarem em parcerias e vendas cruzadas para aumentarem as suas vendas.

 

Boomers e Geração X são quem mais usa a IA

O estudo aponta que, apesar de todas as faixas etárias estarem a usar a IA nas suas compras, os chamados Baby Boomers (60 aos 78 anos) e a Geração X (44 aos 59 anos) são quem regista os maiores aumentos nos últimos 12 meses, com crescimentos de 85% e 53%, respetivamente. O estudo revela ainda que 15% dos inquiridos com idade igual ou superior a 60 anos afirma utilizar atualmente a IA para realizar compras, comparativamente com 45% da Geração Z (16 aos 27 anos) e 42% dos Millennials (28 aos 43 anos). Por outro lado, mais de metade dos consumidores portugueses (63%) reconhece que os retalhistas podem estar a utilizar a IA para recomendar produtos.

Os consumidores estão a adotar a inteligência artificial a um ritmo sem precedentes, à medida que compreendem como esta tecnologia está a transformar a experiência de compra”, refere Roelant Prins, CCO da Adyen. “É provável que estejamos a entrar numa era em que a inteligência artificial poderá atuar como um estilista pessoal, selecionando roupas alinhadas aos gostos e preferências individuais. As divisões demográficas deste estudo revelam alguns resultados interessantes, sobretudo no que diz respeito à forma como as gerações mais antigas estão a integrar a inteligência artificial nos seus hábitos de consumo”.

 

O que fazem os retalhistas

Do lado dos retalhistas portugueses, o estudo revela que estes consideram que a implementação da inteligência artificial e das tecnologias é a estratégia mais popular. Cerca de um terço dos inquiridos (32%) afirma que investiria em IA para apoiar as suas atividades de vendas e marketing e 31% indica que investiria em inteligência artificial para apoiar a inovação

A inteligência artificial deixou de ser encarada como uma tendência de futuro – é uma prioridade atual tanto para os retalhistas como para os consumidores”, afirma Holly Worst, VP de retalho da Adyen. “No início deste ano, lançámos o Adyen Uplift, uma solução de otimização de pagamentos baseada em inteligência artificial que ajuda as empresas a aumentar a conversão de pagamentos, simplificar a gestão de fraudes e reduzir custos de pagamentos. Ao utilizar a inteligência artificial desta forma, ajudamos os retalhistas a proporcionar uma experiência de compra única ao cliente, uma vez que os ‘bons’ consumidores podem acelerar o processo de checkout, enquanto interceptamos transações fraudulentas. É evidente que a IA destaca-se, assim, como o principal motor de crescimento para 2025”.

 

Oferta unificada

Apesar da utilização da IA e do investimento em tecnologias, apenas 39% dos retalhistas portugueses afirma que atualmente permite aos seus clientes realizarem compras e finalizarem transações sem complicações em canais online e offline. Outros 12% dos líderes empresariais planeia implementar este sistema nos próximos 12 meses. Por sua vez, uma percentagem semelhante, cerca de 15%, afirma estar a planear oferecer aos clientes experiências exclusivas em loja.

O relatório revela que as tecnologias e as experiências online estão a permitir novos canais para as marcas se relacionarem com os clientes, com 39% dos portugueses a desejar realizar compras com uma empresa através de diversos pontos de contacto, incluindo redes sociais, aplicações e a loja online. Por exemplo, mais de um quarto dos consumidores (28%) afirma utilizar redes sociais para realizar compras.

Contudo, apesar da crescente utilização do digital, as lojas físicas continuam a ser o meio preferido dos consumidores portugueses (50%), em comparação com 15% dos inquiridos que prefere realizar compras online. Cerca de metade dos inquiridos (54%) indicou que gostaria de querer ver e sentir o produto antes de realizar uma compra, experimentar os artigos antes de os comprar (49%) e também as vantagens do imediatismo em loja. Por fim, 32% dos inquiridos afirma que prefere sair da loja com o produto no momento da compra.

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