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Sistemas de informação geográfica apoiam a criação de negócios sustentáveis

Apesar da pandemia estar a ter um impacto positivo no ambiente, a verdade é que, segundo a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, Portugal tem ultrapassado o valor-limite anual de emissões de dióxido de azoto, tendo atingido, em 2019, 55 microgramas por metro cúbico. “Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) ajudam as empresas a reduzir essas emissões de carbono, melhorando, assim, a qualidade do ar e reduzindo a sua pegada ecológica”, refere Rui Sabino, CEO da Esri Portugal.

A Esri tem desenvolvido uma avançada e completa tecnologia de localização para apoiar as organizações na criação de negócios sustentáveis. Os SIG permitem às empresas visualizar a geografia dos seus ativos empresariais e, a partir daí, são traçados locais e operações em mapas 2D, 3D e 4D, o que facilita a análise e a visualização do espaço e dos ativos, ao longo do tempo. Esta análise geoespacial permite que uma empresa se veja a si própria num contexto local, regional e global.

 

Tomada de decisão

Este enquadramento é essencial para tomar decisões racionais na redução da pegada ecológica da empresa. Por exemplo, um retalhista que tem de transportar as suas mercadorias, de um ponto para o outro, pode fazer esse mapeamento com os SIG para encontrar locais que estejam mais próximos uns dos outros. Esse mapeamento permite não só fazer viagens mais curtas, mas também prever congestionamentos rodoviários, o que leva à redução das emissões de carbono, dos custos das viagens e, consequentemente, ao aumento da produtividade.

No caso dos SIG 4D, no qual é possível adicionar o elemento tempo a estas análises, as empresas conseguem ainda gerir vulnerabilidades na cadeia de fornecimento com base em padrões e eventos passados.

Os modelos SIG podem ainda ser alimentados por uma vasta gama de dados por satélite, que permitem obter informação em tempo real. Estes dados, que incluem imagens de incêndios, inundações, composição dos solos e informação geológica, entre outros, são uma ajuda para avaliar o risco dos locais. Estes modelos podem também ser maximizados com dados da IoT (Internet of Things) para medir, por exemplo, a qualidade do ar e do som. Esta monitorização pode evitar a exposição a partículas e ruídos nocivos e, assim, proteger não apenas os colaboradores, mas também a biodiversidade.

 

Sustentabilidade

O mapeamento e monitorização permitem práticas comerciais mais sustentáveis e poupanças significativas de energia. Por exemplo, grandes empresas, com milhares de colaboradores, espalhados por vários locais, podem utilizar a tecnologia SIG para registar e acompanhar métricas relevantes (utilização de papel, consumos de eletricidade, desperdícios e eventuais fugas de energia, etc.) e realizar auditorias energéticas, avaliando, assim, o impacto ambiental e a pegada ecológica da empresa. Ao estabelecer linhas de base mensuráveis, uma empresa pode acompanhar as melhorias e adotar as melhores práticas, com o objetivo de reduzir as emissões de carbono.

Rui Sabino salienta que “cada vez mais empresas e marcas estão a fazer da sustentabilidade empresarial a sua prioridade e a estabelecer objetivos ambiciosos para alcançar emissões zero em carbono. Os consumidores também procuram empresas que demonstrem cuidado com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e económico. As empresas que utilizam os SIG estão à frente na concretização desse objetivo crítico para a prosperidade da economia global e para a saúde do planeta”.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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