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Restauração e moda lideram aberturas no retalho no primeiro semestre

Segundo os dados divulgados pela consultora imobiliária Worx, o comércio de rua continua a manter a sua trajetória ascendente, com níveis de procura muito elevados e particularmente direcionados para o sector da restauração.

Em termos de localizações preferenciais, continuam a destacar-se a Avenida da Liberdade, Chiado, Cais do Sodré, Campo de Ourique e Príncipe Real, com o objetivo de implementar novos conceitos. No entanto, é de fazer referência às Avenidas Novas. Também estas começam mais ativamente a receber atenções de novos retalhistas. A intervenção do Eixo Central, que incluiu a requalificação da Avenida da República, da Praça do Saldanha, da Praça de Picoas e da Avenida Fontes Pereira de Melo, veio contribuir para o incentivo a um maior tráfego pedonal, uma maior vivência da cidade, trazendo mais pessoas à rua através de vias de circulação mais amplas e convidativas.

Em termos de comércio de rua, a Marca MyAuchan do Grupo Auchan, abriu duas lojas em Lisboa num conceito de proximidade com o consumidor. A Avenida da Liberdade recebeu novos conceitos: o restaurante JNCQuoi no Edifício Teatro Tivoli e a Cervejaria Liberdade no n.º 185. Também a insígnia Padaria Portuguesa continua a sua estratégia de expansão com quatro novas aberturas na cidade de Lisboa.

No formato de centros comerciais assistiu-se às aberturas da loja IKEA Loulé, à implementação da marca Kiabi no Mar Shopping e no Forum Sintra e à abertura da loja H&M no Forum Coimbra. Para a segunda metade do ano está prevista a abertura do Mar Shopping, do Designer Outlet Algarve, e a abertura do Évora Shopping, num total de nova ABL superior a 90.000 metros quadrados.Em termos de investimento, o mercado de retalho esteve muito ativo neste primeiro semestre: no total, foram transacionados quatro equipamentos comerciais – Albufeira Retail Park, Fórum Coimbra e Fórum Viseu, Portimão Retail Center e o Vila do Conde Style Outlet, num volume total de 390 milhões de euros.

O turismo continuará a ser o grande impulsionar do retalho, em particular do comércio de rua situado na zona histórica, onde se situam agora os restaurantes mais “trendy”. No que se refere a tendências, o departamento de Research & Consulting da Worx refere que “uma das grandes tendências é a aposta que tem sido feita pela abertura de novos restaurantes localizados em unidades hoteleiras. O conceito de ir almoçar ou jantar a um hotel, sem estar hospedado, começa a assumir-se cada vez mais como uma opção muito interessante para alguns consumidores. Conceitos inovadores que atraem uma massa de consumidores com maior poder de compra, empresários e turistas. A restauração continuará a dominar a tabela de aberturas com marcas que tentam trazer algo de novo. Seja pela mão de retalhistas de origem nacional ou internacional, o comércio de rua tem sido o espelho do desafio que Lisboa enfrenta para marcar o seu lugar como uma das melhores cidades de europeias para viver ou visitar”.

O mercado tem registado uma subida nos valores de arrendamento, com o comércio de rua em Lisboa a registar um aumento e colocando-se nos 120 euros o metro quadrado e o comércio de rua da cidade do Porto a manter-se nos 50 euros o metro quadrado. A procura elevada registada neste segmento, a par com uma oferta mais modesta, tem exercido pressão sobre os valores praticados.

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