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Quebras de 2022 trazem estabilização a 2023

Smartphone
Foto Shutterstock

O mercado global de telecomunicações sofreu várias quedas em 2022, nomeadamente, o segmento dos smartphones, um dos principais da indústria, que viu a procura diminuir 9,1%, de janeiro a dezembro, em comparação com 2021. As conclusões são do estudo da GfK, que verificou ainda que os 908 milhões de unidades vendidas representaram menos 10,2% de receita.

Contrariamente à tendência do mercado global, segundo a análise GfK o mercado de telecomunicações em Portugal verificou um crescimento de 6%, relativamente a 2021. A venda de smartphones cresceu 3,5%, em termos monetários, mas revelou uma quebra de 12,5%, em unidades.

 

Segmentos premium em crescimento

Os segmentos premium, em Portugal, foram os que revelaram um maior crescimento em 2022. Os  modelos 5G cresceram 34% em valor, representando 67% da receita dos smartphones. Por sua vez, os modelos com mais de 256 gigabytes cresceram 30%, representando um quarto da receita dos smartphones. Já os modelos de valor igual ou superior a 600 euros cresceram 14%, representando mais de metade da receita dos smartphones.

Também o segmento de wearables revelou um crescimento de 4% em valor, a nível nacional, alavancado pelo crescimento de 29% em smartwatches. Os Health and Fitness Trackers e Wrist Sport Computers apresentaram uma quebra de quase 30%.

As quebras verificadas no mercado global podem ser justificadas pelos orçamentos mais comedidos, fruto da inflação que se faz sentir um pouco por toda a Europa. No entanto, os únicos impulsionadores do mercado foram os consumidores com rendimentos médios e altos. A procura por dispositivos premium verificou um aumento, com a receita dos modelos 5G a crescer 1,2% em relação a 2021. Também o segmento dos smartphones com capacidade superior a 256 gigabytes registou uma subida de 19%, o que representou 41% da receita total do mercado em 2022.

 

Necessidade de troca de equipamentos adquiridos também tem revelado alterações

Comparativamente com os dados do gfknewron Consumer de janeiro a setembro de 2018, que revelavam que apenas 48% usava os seus smartphones durante dois ou mais anos, esta percentagem subiu para 57%, em 2022. Este aumento verificou-se principalmente na Geração Z (dos 15 aos 25 anos), justificado pela crescente preocupação com a sustentabilidade, levando a estender conscientemente o ciclo de vida dos dispositivos.

Apesar de alguns dos segmentos mais conhecidos terem perdido espaço, este foi compensado pelo crescimento de outras linhas de produtos. O mercado dos wearables foi um dos poucos que sobreviveu a 2022, com uma receita de 13,9 mil milhões de dólares. Esta alteração no comportamento do consumidor é justificada por uma maior procura de modelos de controlo mais detalhado da saúde, através de recursos inteligentes.

 

Previsão para 2023

Para 2023, a previsão dos especialistas da GfK é a de que seja um ano mais forte para o mercado global das telecomunicações, comparativamente aos resultados mais fracos de 2022. Espera-se que a China, o maior mercado único, venha retomar e impulsionar de forma significativa o crescimento global.

Os especialistas da GfK reforçam ainda a importância de retalhistas e fabricantes continuarem a inovar em dispositivos mais rápidos e poderosos, que vai permitir diferenciarem-se dos concorrentes, manter o mercado competitivo e impulsionar a procura do consumidor.

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